Saindo do Armário…
Apoteótico, único, fascinante… e mais uma infinidade de elogios servem para adjetivar… o Queen. Não estou falando do INTER, ainda, mas de uma de minhas bandas favoritas. Quanto ao jogo de quarta, ele foi incrível. Sou tão fanático que até meu humor oscila conforme o desempenho do time em campo e, deve-se deduzir que, esse ânimo não andava dos melhores.
Mas, ontem as coisas mudaram. Pela primeira vez em MUITOS meses gostei de assistir a um jogo do INTER. A bastante tempo não via tanta vontade e propósito focados em vencer uma partida. Estádio cheio, time vibrante… foi acima de qualquer expectativa. Tanto que consegui conciliar o sono provavelmente, passada das quatro da manhã, mesmo lendo as toneladas de páginas que costumo devorar antes dormir. Não me ofendam cogitando que eu tenha gastado o tempo pós jogo consumindo qualquer informação distorcida pela mídia podre que tende sempre a diminuir o que fazemos.
Tenho uma ideia e uma sugestão: tentemos dar uma folga nas críticas e análises técnicas, pelo menos por umas horas. Do contrário, parecemos alguém que escova os dentes logo em seguida de saborear a sobremesa, ou seja, não curte a sensação do doce pela boca.
Sempre tem coisas a melhorar. Sempre! Quem não tem nada para melhorar ou está cego, ou está morto. Não existe uma terceira alternativa. Mas, sejamos gratos por algumas horas e deixemos a alegria nos inebriar sem que isso nos causa qualquer constrangimento ou culpa. Já estamos fartos de ver nas mídias tradicionais (rádio, televisão, jornal) alguns especialistas pagos enaltecendo virtudes em outros times, virtudes essas que apenas eles enxergam e nos relegando um papel coadjuvante. Esses idiotas nos roubam o prazer das conquistas transformando elas em revanche, como se precisássemos ainda provar algo.
Somos um dos maiores clubes do Mundo. Nem mais, nem menos. Quem discordar disso tente me provar o contrário. Não devemos nunca ter vergonha de quem somos e, quarta, o INTER nos deu de volta um pouco dessa sensação.