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Estamos em Guerra! Pepe, o observador

Já vivemos melhores dias de INTER, fato. Já vivemos, acredito, situações complicadas. Mas não me lembro de ter enfrentado um paradoxo como o atual. O Clube vindo de uma boa situação financeira passar por uma turbulência técnica de dar dó. Tecnicamente era para ser uma das melhores eras do clube. Porém, a estabilidade financeira, tão sonhada nos anos 90, virou nosso grilhão.

Não imagino que estaríamos, necessariamente, sempre disputando títulos. Mas, ao menos, seríamos vistos pelos demais como aquele adversário que todos os outros respeitam. Hoje a realidade é que andamos longe disso. Já fomos até chacota nacional! Percebemos que clubes de qualquer dimensão ou divisão não tem qualquer tipo de cuidado em cutucar o INTER com vara curta, seja em piadas pelas redes sociais ou em entrevistas nas mídias tradicionais… ninguém mais enxerga na nossa camisa o peso que ela tem. Triste! O significado de grandeza que ela trazia parece ter sido deixado no passado, empoeirado por sequencias de fiascos, má gestão e outros papelões.

“Si vis pacem, para bellum” diz o ditado latino traduzido como “se quer paz, prepare-se para a guerra”.  Resumindo: nada nos é dado de bom grado. Se queremos algo temos de tomar por assalto e por nós mesmos, seja aquela bela dama de lábios sedutores, seja nossa segurança pessoal, seja tudo que for. Nisso, quero alertá-los que de esperança, boas intenções e politicamente correto o inferno está cheio. São apenas as ações que valem e realmente constroem o legado. E nisso existem apenas duas maneiras de conseguir as coisas e deixar a nossa marca: pelas ações e pelo trabalho, de forma digna ou a via medíocre da extorsão, do jeitinho e da malandragem. O primeiro forja heróis, o outro método molda prostitutas.

Assim, minha desesperança (ou certeza da mediocridade, melhor dizendo) com o Inter anda de uma maneira absurda. O que tenho feito ultimamente nas horas dos jogos do INTER? Levando o cachorro para passear. Prefiro aproveitar os últimos fios de luz solar a perder meu tempo acompanhando um jogo do INTER. Aposto que meu cachorro faz menos cagadas do que o time armado pelo Guto Ferreira ou qualquer outro técnico que passou pelo INTER nos últimos anos. Pois, nos últimos anos, é sempre a mesma repetição de altos e baixos no desempenho. A última atuação descente do INTER esse ano foi contra o Palmeiras pela Copa do Brasil, coincidentemente o campeonato que oferecia a maior recompensa financeira.

Heróis ou Prostitutas?

Sou menos colorado por isso? FODA-SE! Não sou nem mais, nem menos… apenas não sou otário esperando algo diferente do mesmo bolo. FODAM-SE essas prostitutas de torcedor! Foda-se a porra toda! Tudo é pelas moedinhas em nosso bolso! Eles não vão me devolver as horas de vida roubadas acompanhando suas atuações patéticas e nem vão me dar de presente a Tarmac que sonho desde os oito anos de idade (Culpa do filme “American Flyers” – se alguém quiser me dar, eu não me ofendo, custa singelos R$ 60 mil ).

Até pouco tempo eu comprava uma carninha, se estava sozinho fazia no grio elétrico, pegava uma cervejinha ou um vinho dependendo da temperatura do dia e… ficava mexendo no celular durante o jogo. A maioria das partidas caiam na mesmice e falta de qualidade técnica já comentada pelo Louis, The Boss.

Antes de me criticar, você que acha que faz parte de uma tribo de bárbaros da era romana e acredita que os jogadores tem o mesmo senso de pertencimento e sentido que você… pense melhor. Além dos jogadores de hoje, em sua maioria parecerem uns sacos de batatas quando comparados aos jogadores do INTER da década de 70 – atletas então tidos como amadores, mas fisicamente infinitamente mais fortes que os atuais – ele não vai pensar duas vezes em ir pra um clube que pague a multa e remunere com um salário maior (nem os dirigentes vão fazer questão de segurar). O mundo das tribos é o mesmo onde vivem os unicórnios que ajudam o Papai Noel a embrulhar os presentes que serão entregues pelo coelhinho da páscoa.

Foto meramente ilustrativa

Pagamos valores absurdos pelo que recebemos. Mal comparando é como dar o dinheiro que custa montar uma apresentação do Cirque Du Soleil ao cidadão que recém aprendeu um truque e vai no sinal ficar jogando 3 bolinhas para o alto. Se você está pensando: “aín mas assim tu nem é colorado! Vai voltar quando estiver tudo na boa”. Meu amigo, eu nunca saí. Se a gente reclama é porque quer que melhore.

 

 

 

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