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Eu tenho isso como um mantra

Eu sou fã confesso do Leonardo da Vinci, desde a minha infância pra ser sincero. O mais genial no italiano, além da proficiência em várias áreas, foi buscar sempre a solução com os métodos mais simples possíveis para os problemas que ele buscava resolver.

Não precisa ser portador de uma das mentes mais brilhantes e nem ser uma das pessoas mais talentosas que o mundo já viu pra perceber isso. Mas, as vezes, estamos tão fascinados por nossos problemas que não conseguimos ver o óbvio. As vezes um passo para o lado muda todo o panorama, isso vale como metáfora e também como ação efetiva, uma ação física de verdade. Estão aí os últimos gols do Nico Lopes que não me deixam mentir.

Porém, pra que a gente consiga exercer esse poder de dar um “passo pro lado” precisamos não estar fascinados com nós mesmos e as nossas próprias ideias. Além disso, precisamos ter autocontrole, empatia, foco, discernimento, lucidez e uma pitada de inteligência (em todos os sentidos). Nisso, imagino que a mente de vocês, assim como a minha, faz uma pequena lista de treinadores e seus grandes momentos em que foram mais empacados que uma mula! Mas, a parte das ofensas as mamães e a inteligência de nossos treinadores, convenhamos, não deve ser fácil manter todos os “sensos” que listei (e mais alguns) ativos e equilibrados, especialmente sob pressão.

Mas, é isso que fazem os grandes líderes! São como um farol aos seus pares: no meio da tempestade da pressão, dos erros e das deficiências são uma referência de que cada um pode doar um pouco mais e, quando achar que não tem mais nada a entregar, vai lá e encontra mais um pouco com o que contribuir. Assim como os gênios e os Deuses são os grandes líderes, eles conseguem fazer grandes trabalhos com uma matéria prima precária.

Se alguém, lá no começo de 2006, dissesse pra você tudo o que aconteceria nos próximos meses? Alguém de sua plena confiança, pode ser até você mesmo. O que pensaria? Não sei vocês, mas depois de ler e reler a lista de jogadores e ouvir o que seria conseguido, eu ia olhar com um sorriso bem cínico no rosto e dizer ao meu vidente: “pode até ser verdade, mas me dá um gole disso que tu deve ter bebido pra me ajudar a acreditar.”

Notem que com o passar dos anos, nem entramos mais no mérito de suas capacidades técnicas. Se era melhor nisso ou naquilo. Apenas lembramos de sua envergadura moral. Um chute, um drible, um gol, tudo isso fica guardado em algum lugar empoeirado da memória que, dificilmente, vamos lá pegar alguma coisa. Com o passar dos anos o que fica é a pessoa que fomos, o que fizemos pelos outros e, acima de tudo, o quanto transformamos os outros e onde passamos na melhor versão de si mesmos. É isso que faz com que a cada instante que passa desde a despedida a saudade aperte mais. Isso vale para todos que um dia passaram entre o céu e a terra. Apesar de alguns quererem esquecer isso com tatuagens, festas, grifes e tudo mais que o dinheiro dá acesso. No final das contas todo o consumo é como perfumaria, pois, o cheiro é apenas um adereço ou vaga lembrança para tudo o que tenhamos vivido e feito por onde quer que tenhamos passado.

Ontem seria o aniversário de nascimento de 41 anos do Fernandão. Partiu cedo demais! Em sua homenagem  e para honrar sua memória (e por nós mesmos), vamos a cada dia buscar ser a melhor versão de nós mesmos, inspirado por aquele que vai usar pra todo o sempre a nossa braçadeira de campeão.

#EternoCapitãoEterno

Parabéns e obrigado, Capitão!

 

https://www.youtube.com/watch?v=8MKmxT2lY_Q

 

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