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Eremildo, o Idiota, é um personagem criado por Elio Gaspari.

O adjetivo diz tudo sobre Eremildo. O personagem me veio à cabeça por causa da reportagem publicada no Correio do Povo sobre a gestão do ex-presidente Vitorio Piffero, agora investigada pelo Ministério Público: http://bit.ly/2CTq9bg .

Não vou tratar da questão do pagamento de mais de R$ 9 milhões a um conjunto de quatro ou cinco empresas de construção civil, onde não há evidências de obras que tenham sido efetivamente realizadas e que justifiquem esses pagamentos, alguns realizados em dinheiro vivo.

As empresas que “fizeram” as obras estariam vinculadas a um mesmo escritório contábil, além de divulgar dados coincidentes, como o número do telefone, por exemplo.

Não trato disso porque não acredito que isso seja verdade; fantasias, teorias da conspiração.

Prefiro pinçar da reportagem a celebração de acordos na Justiça do Trabalho que, em tese, teriam prejudicado o Inter. O Internacional é réu em 215 processos na Justiça do Trabalho e tem dívida trabalhista estimada em R$ 97 milhões: https://glo.bo/2FbBYeV .

Bem, bem, bem… Então são 215 processos! Esse número não é pouco para um clube que não deve ter essa quantidade de gente como empregados. É possível que haja um balcão de negócios em que todo aquele que fez um “bico” em um jogo vendendo pipoca nas arquibancadas tenha instruções de mover um processo contra o Inter, pois o acordo é certo e aí apareceria aquele outro personagem – o tal Rachid – nessa jogada. Pode isso Eremildo?

“Não”, certamente ele responderá. Afinal, idiotas são para essas coisas. Concordei imediatamente com ele.

Outro assunto levantado pelos promotores são os contratos do departamento de futebol. A investigação encontrou indícios de irregularidades e de pagamento de “comissões” para a renovação e a rescisão do contrato de jogadores

Eremildo agora quase enfartou! O que? Gritou colérico, apoplético. “Isso nunca existiu por aquelas bandas e nunca existirá. Comissão para dirigente? Que é isso? Seu lucro – se é que se pode chamar assim – é a retribuição carinhosa dos torcedores, que reconhecem no trabalho voluntário o incomensurável amor pelo clube, o desprendimento, a magnanimidade do ilibado caráter!” (Eremildo, como todo idiota, fala com palavras rebuscadas; talvez para que seja pouco entendido).

E sabem que ele me convenceu com sua arenga?

Depois que ele se acalmou, perguntei se esses fatos que estão sendo levantados poderiam explicar a contratação milionária de nabas reconhecidas, as renovações por anos a perder de vista, os treinadores escolhidos a dedo para não botar o dedo em nenhuma moleira.

Eremildo sorriu, enigmaticamente e me respondeu: “Essa pergunta é muito idiota”.

Fiquei sem entender o que o Idiota quis dizer e até mesmo sem saber quem é o ‘idiota” na história.

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