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Eu gostaria de ser/estar alegre em uma segunda-feira. Para o ano essa ou outra qualquer é um quase nada e em uma década um pontinho perdido no calendário. Quem lembra das segundas-feiras passadas?

Onde estavas no dia 07 de agosto desse ano? Era uma segunda; o que fazias, pensavas, almejavas para a semana, o mês? Perguntei sobre essa; poderia querer saber sobre outas tantas…

O tempo voa, escorre pela mão. Tudo é tão rápido nesse mundo de conexões, links, net, e outros bólidos que não lembramos de fatos passados, mesmo os recentes.

Isso tudo para dar ao leitor uma mensagem de esperança pelo que virá para o nosso time e em consequência, para nós que temos consciência e espirito crítico. A segunda de hoje irá passar e assim como ela, outras tantas. A esperança que desejo transmitir não é a de que as outras serão diferentes dessa; é de que como esquecemos, não lembraremos dessa e das outras.

O que essa tem de tão especial? Nada, e justamente ai está o paradoxo da especialidade. Nada! Tudo de novo é um nada, como nada é a efetivação do “novo” treinador, como é menos ainda a contratação desse ou daquele jogador. Essa segunda como tantas outras nasceu para ser esquecida em termos de feitos futebolísticos colorados.

Sugiro que não se recorde o passado, presente e futuro. Como fazer isso, não tenho a menor ideia. Poderia fazer como o gordinho da propaganda: Pergunte no Posto Ipiranga (isso não é merchan e não me pagam nada para citar o nome do Posto).

O esquecimento nos fará felizes; se o lembrar é pérfido e cruel como um tango maldito, esqueçamos o lembrar. Apaguemos da memória os tantos que nos perturbaram nesses anos de trevas, e nos deixemos levar pela suavidade do deslembremos.

Recordemos de afagar a mão de nosso(a) filho(a), de levar a patroa(patrão) para jantar em um restaurante mais sofisticado ao menos uma vez por semestre, de olhar o por do Sol, de entrar em casa e sentir o cheiro do lar e até de fazer um carinho no cachorro/gato. Afagos são bons e até os animais gostam.

Mas lembrar de coisas que o Inter nos apronta ano após ano? Para que? E saber (não perguntem como, mas sabemos!) que o depois será igual ao antes e mesmo assim, insistir em uma cruzada perdida?

Como tantos aqui e alhures, estou “pelas tabelas” num saio não saio dessa neura de torcedor que ora pende para um lado, ora para outro. Vou procurar me lembrar de decidir isso.

Mudando de assunto. Nesse domingo assisti o Barcelona contra o Valencia. No 1º tempo o Barça brindou o mundo com a melhor exibição coletiva de futebol que eu já vi. Sei que esse esporte é grupal mas o que se viu foi de lavar a alma e pensar: ainda há vida prazerosa fora dos lixos que nos apresentam.

Todos jogadores impecáveis, sabendo o que fazer, as mãos do treinador visíveis em todos os passes, triangulações, deslocamentos, saídas de bola com qualidade, a bichinha no chão, sem balões, cruzamentos inúteis para ninguém.

Um zagueiro soberbo: Umtiti, que joga, mas joga mesmo sabe? Sem falta, sem violência, na dele. Um centro-médio (ainda existe isso?) exuberante que é o Busquets, com elegância, classe, confiança, habilidade, inteligência. Nem falo de Messi e outros para não me emocionar (acho que uma furtiva lágrima tenta escorrer).

Só faltou o gol para que esse tempo fosse absolutamente fantástico. Ops! Não faltou. Ele ocorreu, todo o mundo viu, menos o juiz e o bandeirinha.

A imagem abaixo mostra o que todos já viram mas não custa repetir.

PS: Esqueçam o que escrevi acima sobre o não lembrar. Tentem permanecer com esperança, ou não!

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