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Se conselho fosse bom não seria dado: se cobraria por ele.

Essa frase tem pouco ou nada a ver com o teor do post. Está aí apenas porque queria abrir o dito cujo com uma frase de impacto que contivesse a palavra “conselho”, ela sim é que tem tudo a ver com o conteúdo da matéria abordada.

Então, vamos lá.

Mauro abordou em um excelente post (rotina) o ouro dos tolos. Como os assuntos futebolísticos andam escassos, até porque não me iludo mais com essas vitórias nesse campeonato decadente, nada melhor do que prestar homenagens a outros colunistas (eufemismo para plágio) e desdobrar a sua linha de raciocínio.

Ouro dos tolos e conselho: esse último não é o conselho que se dá a alguém (não faça isso, não faça aquilo, não case, descase, não case de novo, etc).

O citado “conselho” é o Deliberativo do Internacional. Começando pelo termo “deliberativo” o mesmo é relativo a deliberação. E essa é o debate com o objetivo de resolver algum impasse ou tomar uma decisão.

O Conselho Deliberativo do Internacional é constituído por 346 membros. Não, não é erro de digitação: é isso mesmo. Está no site do Inter. Li em algum lugar que seriam 300 mas no site aparecem 346 nomes listados. Ou li errado ou inflaram o tamanho para caber mais amigos, parentes, “amiguinhas” ou “amiguinhos”, para ser politicamente correto e contemplar toda a fauna e flora.

Mais modesto em números é o Conselho Fiscal, órgão independente de fiscalização das contas da Diretoria e de assessoramento permanente do Conselho. É eleito bienalmente pelo Conselho Deliberativo e constituído por cinco Conselheiros e três suplentes.

Mas voltando ao Deliberativo: imagino que os 346 membros se reuniram e deliberaram que o time iria ser rebaixado, que os treinadores seriam todos de quinta categoria, que jogadores da base seriam preteridos por nabas contratadas a peso de ouro (ouro mesmo, não dos tolos),  que diretores de futebol dariam entrevistas imbecis mesmo que os mesmos assim não o fossem (me engana que eu gosto!), que o time jogaria na defesa ontem, hoje e para o todo o sempre, amém, que o time fosse dos maiores devedores do futebol brasileiro, que fosse réu em 215 processos na Justiça do Trabalho e com dívida trabalhista estimada em R$ 97 milhões (https://goo.gl/V2yHyq), que para Gabriel Lopes Moreira, diretor jurídico do Inter, a quantidade de ações é alta, mas está sob controle (de quem?!?!).

Mesmo que meu anjo da guarda esteja de plantão, qual uma guarda pretoriana, pronto a me dar nos dedos e bater na cabeça se ouso tratar dos temas acima listados, aproveito que o anjo foi dar uma mijada e escrevo rapidinho: e se o Conselho Deliberativo não se reuniu e deliberou sobre isso?

Então, tudo ocorre sem a participação do Conselho. Ou seja, filosofando: se o Conselho deliberou errou, com o que se comprova que 346 cabeças erram mais do que uma, e se não deliberou se constata que o Conselho de nada serve.

Em resumo dessa ópera maluca: ter ou não ter Conselho tanto fez como tanto faz.  Ao menos em termos de interesses do Clube; interesses outros são outros e isso não interessa. Ou interessa?

Três linhas sobre o Conselho Fiscal: fiscaliza as contas. Será mesmo? As três linhas se resumiram a duas.

Mauro abordou o ouro dos tolos. Os nossos Conselhos são o ouro e nós os tolos.  Errei feio agora? Peguei muito pesado? Fui indelicado com o raro leitor? Estou deprimido? Tento um haraquiri e torço para não dar certo? Como um carreteiro de charque frio e rançoso com um vinho Canção e fico feliz? Mudo de assunto? É melhor.

Será que chove amanhã ou que calor hein?

 

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