O que nos resta
Voltamos aqui depois do hiato mais trágico da história do Rio Grande do Sul. E convenhamos que a palavra “depois” nem se encaixa perfeitamente, porque a nossa tragédia provavelmente irá repercutir durante todo o século que se apresenta. Meus sentimentos e desejo de recuperação para todos que foram afetados pela enchente.
Sobre o jogo de ontem, não há muito o que ser dito. Quem esperava que o Internacional vencesse tranquilamente provavelmente passou uma borracha na mente em relação ao último mês. Digamos que o time voltasse voando, e mesmo assim, eu acho que vencer era uma possibilidade remota.
Irei falar aqui somente dos pontos que ficaram bem claros. Não acredito que seja possível inferir muitas coisas deste jogo.
O que ficou bem claro pra mim é que o time está defasado fisicamente. Começou o primeiro tempo bem, e no segundo não teve a mesma energia. Isso é normal e eu não irei criticar esta situação.
O que também ficou bem claro é que o Renê erra em quaisquer condições e que por isso não serve para jogos importantes. Todas as vezes que o Renê ajuda num jogo, ele entrega um gol minutos depois. Saldo líquido da participação do Renê é zero, ou negativo. Não tem sentido ele ser inquestionável. Trouxemos bons jogadores para armar a saída de bola, como Fernando. Por que insistir no Renê?
Isso me leva ao meu último ponto, que é o Coudet. Ele parece estar sem inspiração. Antes da parada, ele já demonstrava não ter um bom repertório, parecia não conseguir treinar seus modelos como necessário. Ontem ele poderia ter colocado o Alario antes, já que estava forçando a bola aérea (acertadamente, porque o Belgrano montou uma barreira na frente da área). Não sei o que se passa, mas acho que o prazo de validade dele está perto do fim. Espero que o Barcellos não faça como fez com Mano Menezes e deixe o leite estragado seis meses dentro da geladeira.
Sobre o nosso futuro, não podemos esperar demais. Claro que a paixão nos faz acreditar que vamos atropelar. Mas dificilmente isso irá acontecer. O Inter precisará cair logo de uma das copas para ter datas no calendário. Pra mim, ontem os dados já foram jogadas, e a competição sacrificada será a Sula. Temos de focar todas as forças no Brasileirão e tentar, com muita dedicação, uma vaga na Libertadores. E mesmo assim estou sendo super otimista. Não são tempos normais.
Saudações. Com esperança de um futuro melhor.