4.3
(11)

Como faz algum tempo que não dou as caras por aqui, começo com uma pequena recapitulação da minha última coluna: depois de tragédias em sequência e um início alarmante do Aguirre, acreditei que o ideal era voltar para uma configuração que já tinha dado certo.

Não só o Aguirre fez isso como foi além: ele montou o meio campo com quatro volantes em vez de só três. Liberou o Edenilson pra ser meio-campista carimbador de bola desfilante, e deixou o Patrick no lado esquerdo tentando aprender o idioma que a bola fala. O Taison ficou com a tarefa de meio atacante que busca a bola e leva ela até o ataque (diminuindo ainda mais o papel do Edenilson) e Yuri se encarrega dos gols.

Apesar de ser um futebol trágico, vem somando pontos. E não dá para esperar muito mais que isso neste ano. O próprio Aguirre parece estar crente disso.

Estive comparando este Aguirre com aquele de 2015: o velho Aguirre gostava de modernidades, praticava o rodízio (primeiro técnico no Brasil que tentou, e nenhum conseguiu até hoje) e propunha um jogo de velocidade.

Depois de três demissões em clubes do G12, o novo Aguirre só não quer ser demitido. Ele está fazendo de tudo para administrar a boleiragem, inclusive o anti-rodízio, que é simplesmente não tirar o Patrick de campo nem que ele esteja jogando com as chuteiras de pé trocado. O que o Aguirre quer é chegar em 2022.

Eu também gostaria de avançar logo para 2022, mas enquanto não chegamos lá, e depois de fecharmos os 45 pontos, penso que poderíamos começar a pensar em um time diferente: deixar o Mauricio de titular, usar o Palacios, o Paulo Victor e o Gustavo Maia. Foram boas contratações do Inter, com excelentes perspectivas de entregar algum resultado e revender.

E nós ainda temos outros garotos para usar, entre titulares e reservas: Johnny, Yuri, Heitor, Bruno Mendez… Acredito que temos a possibilidade de praticar um bom laboratório no final do ano, enquanto assistimos os pijamas agonizarem. E só a partir deste laboratório de final de ano renovar com o Aguirre ou não. Se a proposta for continuar murrinha assim ano que vem, eu não renovaria.

Enfim, amanhã retomamos o caminho do Gigante. Não vou no jogo mas espero logo estar lá e reencontrar amigos. Para quem vai ir, boa sorte: o jogo é contra a Chapecoense, último lugar do Brasileiro, e nunca fez um gol em nós no Beira Rio, ou seja, vocês sabem o que nos espera…

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