Vida que segue …
Depois de uma segunda-feira agitada, em que sem qualquer explicação até o momento, Coudet aceitou o pedido do Celta/ESP e deixou o SCI na mão, em meio a 03 (três) competições de extrema importância; sendo que menos de 24 horas depois o clube acaba de anunciar Abel Braga, que já desembarcou no Salgado Filho … para mim o ‘menos pior’ para o momento crítico e de turbulência que se avizinha.
Muito embora tenha minhas restrições a Abel, não dá pra negar que ele conhece muito bem o clube e quaisquer dirigentes que estão ou tenham estado no poder nos últimos 15/20 anos … então o que mais espero e torço é que ele faça o ‘simples’ como treinador, considerando também que ele é conhecido por ser aquele ‘paizão’ e amigo dos jogadores (apesar de ter suas ‘uvas’ pra nos causar irritação (quem aí não lembra do Michel??!! aliás, qual será a ‘uva’ da vez do Abelão?!), mas, afinal, qual treinador não tem seus preferidos?! Só me resta esperar que seja melhor do que Musto) … torço ainda que Abelão possa com sua experiência trazer alguma ‘paz’ para o ambiente interno e político do clube, que está em plena ebulição. Acho válido também destacar a postura da direção que, diferente de outros momentos, agiu com rapidez ao fechar com o novo técnico, não dando espaço para incertezas.
Agora, falando da saída de Coudet, quero primeiramente aguardar a manifestação do ex-técnico para emitir uma opinião definitiva sobre o assunto, se é que ele se manifestará em algum momento; mas, considerando que trocou um clube MUITO maior daquele que irá treinar (mesmo que se possa aceitar a tese de que tenha ido para um mercado considerado melhor), pra ganhar um salário MENOR do que aqui, e em um time que TÁ LUTANDO PRA NÃO CAIR … sem falar que largou o Clube LÍDER do Brasileirão, e classificado para próximas fases na LA e CP, ao menos no momento, mesmo que se considere também a possível falta de respeito com o Clube que o aguardou pacientemente no final de 2019, ao sair no meio de todas estas competições em andamento de forma abrupta, acho que tem coisa mal contada pela direção aí, de modo que não estou, por ora, acreditando no papo dado pela direção na coletiva de ontem. Acredito que algo havia de ‘errado’ para ele se desgostar e achar que as boas colocações até o momento nas competições disputadas não irão se manter no futuro para querer, de forma irredutível (visto que até os candidatos à eleição – incluindo os da oposição – tentaram, sem sucesso, demovê-lo da ideia de pedir as contas), largar mão de tudo em meio ao trabalho. Espero que o tempo nos traga a verdadeira resposta.
Mas, mesmo com essas considerações, olhando pelo outro lado, além da grana que o Clube deverá receber pela multa rescisória (+/- R$ 9 milhões – temos que ver o lado positivo em tudo!!!), Coudet, em superficial análise, teve vários erros em seu trabalho … não foi sequer à final do Gauchão … o constrangimento do rotundo FIASCO diante do co-irmão do ‘uma e tá’ nos 6 (seis!!!!) clássicos disputados (nem é necessário dizer que qualquer outro ser vivo com esse retrospecto em clássicos já estaria residindo na Rússia, Ucrânia, ou mesmo na Lua … muito longe do Beira Rio) …. além da insistência com peças para a equipe que NUNCA deram resultado … sem falar na choradeira das entrevistas ao falar de grupo ‘corto’, tendo em vista o ano excepcional vivido, que piorou a conhecida e sensível condição financeira do Clube … e as sérias lesões sofridas por peças importantes da equipe.
Enfim, eu não estou lamentando … já que Coudet não quis ficar, seja qual for a verdadeira razão … que siga o seu rumo … o negócio agora é seguir em frente e torcer por coisas melhores, mesmo que seja dessa direção que só nos trouxe frustações nos últimos anos.
Quem sabe Abel não repete 2006, quando assumiu a equipe montada por Muricy, cheio de descrédito … e o resto da história todos nós sabemos. Eu gostaria muito que ele nos desse um título nacional depois de tantos anos.
Nesse quadro complicado … não custa nada sonhar.
PS.: Qual será a 1ª equipe escalada por Abel?? Eu aposto, para ‘alegria’ de muitos aqui do BV, na volta de D’Alessandro.