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Após mais de um ano em que dei um até logo por aqui, com esparsas participações desde então, sinto-me pronto para seguir apenas como um mero leitor/espectador. Até mesmo porquê o casting de colunistas parece completo e para escrever hoje, pedi prévia autorização do amigo Régis Martins, titular da terça-feira.

Entendi por pertinente vir aqui neste momento, todavia, não num dia de jogo ou mesmo para falar da atuação do time no dia seguinte, pois a política que parece acompanhar o Internacional antes, durante e após cada novo processo eleitoral, já vêm ditando (ou tentando) o ritmo do Clube como um todo, seja via meios de comunicação e comunicadores, seja pelas movimentações de bastidores: de um lado quem aí está tentando manter a sua ‘coerência’ no projeto, de outro o velho grupo que decretou os rumos do clube por duas décadas e, por óbvio, quer voltar a dar as cartas.

E decidi falar sobre isso após um comentário que fiz ontem, no post do Mauro Loch que, relendo, pareceu um assunto pertinente. E começo por aí: até onde a convicção do presidente Alessandro Barcellos está atrapalhando o desempenho do time? Explico.

Uma vez mais, e agora de forma explícita, o mandatário Colorado deixou claro que negócios estão atrelados à capacidade financeira do Clube e, para tanto, isso ditará o ritmo da chegada de reforços. Há quem diga, por exemplo, que mesmo com a janela européia fechada, não há nenhum jogador efetivamente em vias de ser contratado. Logo, o que visualizamos refletido em campo assim se seguirá sabe-se lá até quando.

Aí entra mais uma vez o meu questionamento já feito: até onde a convicção do presidente Alessandro Barcellos está atrapalhando o desempenho do time?

Vejam nobres leitores deste Blog Vermelho que neste momento (como aqui já foi dito e repetido), sequer temos jogadores suficientes para formar dois times. São 26 jogadores no grupo profissional, dos quais 4 goleiros, 1 com lesão de longa recuperação (Gabriel) e 2 da base – Felipe (que embora treinando com a equipe principal, até o momento não tem sequer segundos experimentados em campo) e Lucca (que entrou em dois ou três jogos e sequer lembro se efetivamente tocou na bola). E nada mais.

Com três atacantes como na última partida, não temos uma opção aguda sequer para o decorrer das partidas. O centroavante titular ainda não chegou e o, em tese, reserva vem mal e sem confiança. Lateral esquerdo reserva não sei se está pronto mesmo. Primeiro volante de ofício nem mesmo Matheus (agora com contrato renovado) é. Com isso o time que terminou bem e nos empolgou no ano passado, a rigor, ainda não estreou neste ano.

Então, para ser coerente comigo mesmo, ainda que possa crer que se pode demorar um pouco para trazer jogadores titulares incontestáveis, para aqueles de grupo é inadmissível que ainda não estejam aqui. O goleiro recém chegado sequer inscrito no BID ainda está. Baralhas já devia ter chego na apresentação em dezembro. Afinal, o que é resguardo e convicção, e o que é incompetência neste processo de contratações?

O ‘ano longo’ do título deste post pode se referir à necessidade de um grupo substancial, já que ao menos 3 competições de envergadura nos esperam; pode ser também o estado de espírito que nós torcedores vamos ter de enfrentar mais uma vez, enfraquecendo as boas perspectivas que (ainda) se desenham à temporada; mas pode ser um claro recado à direção que, além de não poder esquecer que um clube de futebol vive disso e dos títulos dele decorrentes (e isto tem um custo), ainda tem um processo eleitoral que depende dos bons resultados deste longo ano.

Posso dizer com convicção de que é agora ou nunca. E se não aprenderam com os próprios erros anteriores de deixar para a última hora, talvez não possam se queixar ao final do ano após (e com) o resultado das eleições.

A sorte já em fevereiro está lançada. E no futebol ela nem sempre é paciente.

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