5
(21)

Me sopraram que ontem fez 25 anos daquela jornada épica do Colorado quando meteu 5 no rival, numa tarde iluminada do endiabrado Fabiano. Aliás, tarde de gols bonitos. O futebol medonho do Internacional na década de 1990 vivia de lampejos como naquela jornada, ainda que em 97 até tivemos um pouco de paz e esperança, mas foi uma temporada atípica. Duas, praticamente, numa década inteira.

Só que eu tendo a pensar que até tenho saudade daquele tempo. Não do futebol do Inter na maior parte do tempo, mas obviamente da ideia romântica que detinha o universo boleiro naquele tempo. Quem torcia pelo Colorado (e para outros tantos times) é porque amava o Clube de verdade, diferente de hoje que muitos só vão no Beira Rio para fazer pose para redes sociais.

Eu ia mais no velho Gigante do cimento quente daquele tempo, do que vou agora sentado em cadeirinha. Saudade do velho amendoim com casca, do café na arquibancada; de comprar ingresso na bilheteria do Gigantinho com menos fila. Da fila interminável para entrar… Do que não foi o Balalo e do que achou que era o Mazinho Loyola. Aliás este último tinha vaga no futebol de hoje em dia. Não vai muito foi embora daqui um vigário aí, que não lustrava a sua chuteira.

Em suma, sonhar ou pensar nisso não pode sequer ser chamado de nostalgia, tampouco romantismo, mas de loucura mesmo. A mais pura e sublime.

Ando tão saudosista que tenho pensado até nas minhas incursões de Centralão pela região metropolitana, para depois de uma breve caminhada pegar um Assunção ali na Uruguai. A linha do futebol era muito cheia e dava muito maloqueiro… Hoje quando vou é de carro e deixo o mesmo no estacionamento coberto para não pegar sereno. Em mim e no carro. Virei um bunda mole, essa que é a verdade.

Que fase ruim a que eu tô“!

Aí quando eu vejo no time o Alemão e o Pedro Henrique, que comemoram gols como torcedores dentro de campo, cantando e dançando Rainha Musical, penso que o romantismo aquele do futebol parece que insiste em não se entregar. Eu sou do tempo que o Rainha só tocava nos bailões raiz; hoje já transita em meio a elite.

E pensar que quando morei em Ivoti (sim, também cruzei por aquela alemoada), o Rainha deixava o ônibus prateado alguns metros adiante, na mesma rua. Hoje anda de 4 patas (como falam na gauchada) e desconfio que pelo tamanho da nave nem entra na mesma ruazinha. Tanto faz, afinal, com a quantidade de anos que vive na estrada, tem mais é que fazer sucesso mesmo, andar no melhor e maior ônibus, conquistar não só multidões, mas os grandes salões.

Aliás, o nosso Gigante da Beira Rio é um exemplo quase que único de um grande salão talhado para as multidões. É a casa dum povo que sabe o que é bom e o que ainda significa o romantismo no futebol.

E parafraseando a cantoria do PH e do Alemão, no embalo do bailão do Rainha que faz até um guardanapo virar febre musical, e que diz muito de nós Colorados em detrimento do velho Internacional e essa relação louca:

“Esse guardanapo amassado, diz como é que eu tô. Sofrendo por amor. Sofrendo por amor”.

Sofrendo por amor… Logo eu, o último dos românticos!

 

CURTAS                                                                              

– Todo início de semana é uma crise diferente no Internacional. Grande parte inventada por quem tem interesse só no poder e jamais no que precisa o Clube;

– Dito isso, deixem o argentino Grossi trabalhar. Aliás, esse hermano me lembra o João Paulo Medina e sua profecia;

– Esse bando de jogo do Colorado em segunda-feira é coisa de gente mau caráter;

– Nossa defesa parece consolidada, temos uma dupla de zaga titular. Não tenho saudade dos antigos laterais, mas penso que seguimos sofrendo de forma desnecessária pelos flancos;

– O time dos volantes a rigor ficou só com o Gabriel. E o americano que quebra um galho, mas por hora é só isso mesmo. Falta gente de mais qualidade;

– No meio, não me peçam para acreditar que Maurício é solução. Ele lembra algumas promessas de craque da base dos anos 80 e 90, aliás. Ficaram só na promessa, todavia;

– Sei que já estão malhando o centroavante argentino. Que tenhamos paciência. Daqui a pouco mete 3 golos nos polenta e já vira ídolo da torcida;

– Christian, Sandoval, Fabiano, Fabiano e Marcelo. Se você não viu essa galera desfilar em campo, bom, então eu CINCO muito!

 

PERGUNTINHA

O super craque vai mesmo pro banco ?

 

Povo Colorado é o que mais sabe sofrer por amor!

PACHECO

How useful was this post?

Click on a star to rate it!

As you found this post useful...

Follow us on social media!