4.8
(37)

Não escreva para o BV!

Abriu um restaurante relativamente perto da minha casa, com jeito de cantina embora não se apresente como. Mas eles tem uma entrada com polenta brustolada, queijo coalho assado e linguiça calabresa que se mostrou o fino da bola. E é óbvio que eu não poderia sorver destas iguarias tomando água mineral. Logo eu que já estava há quase um mês sem beber…

Fui a desforra, já que estou um pouco desiludido com o time do Internacional, afinal, não vai muito metia oito golos nos pangarés de verde e agora fez só quatro. Nítida a involução, parece-me. Não vou ficar chutando cachorro morto, todavia. Mesmo porquê eles detinham um papel ano passado e até que cumpriram com galhardia. Agora voltam para o seu particular destino.

Na cantina, permitam que eu chame assim mesmo, tinha um garçom que os demais chamavam de “Pequeno”. De fato, altura não era o seu forte, embora compensasse isso com agilidade e simpatia. Lembrei, com isso, duma discussão sobre o goleiro Gainete. Na foto que ilustra este, tirada num jogo contra o Esportivo em 1971, por acaso na terra da polenta, claramente ele era o que tinha menos altura. Nem por isso deixou de se destacar, ainda que nas grandes conquistas que vieram dali para frente ele não fosse mais o arqueiro do Colorado.

Para os mais saudosistas e interessados, o time da foto: Gainete, Bibiano Pontes, Hermínio, Jorge Andrade, Carbone e Édson Madureira. Valdomiro, Sérgio Galocha, Claudiomiro, Paulo Cesar Carpegiani e Benê. 

Não vi este time jogar ao vivo, infelizmente, mas conheço um pouco de sua história. Ou seja, tinha jogador graúdo neste time, época em que vencer o gauchão era a principal meta dos clubes daqui. Não fosse, tivéssemos um pouco mais de ambição ou mesmo visão de futuro, talvez guardássemos em nosso Museu mais dois ou 3 campeonatos nacionais, bordados de estrelas no manto alvirrubro sagrado.

Quem viu jogar sabe que Manga foi o maior goleiro da história do Internacional. Mas também fomos muito felizes com Benítez, Taffarel, Gato Fernandez e até mesmo com o André, que teve o azar da época em que aqui esteve. Azar com outros tantos também, quer pela falta de qualidade ou de envergadura dos braços. Quis o destino, todavia, que o goleiro mais vencedor, provavelmente, fosse um maranhense que veio pra cá reserva do primo rico. Teve lá seus altos e baixos, mas fechou o gol quando a gente mais precisou: Clemer!

O passar dos anos e o ficar mais velho me ensinou a valorizar coisas que a juventude não me deixava assim fazer. Pequenas coisas, por vezes. Não haveria a mística dum Gabiru sem as defesas do Clemer (assim como um nariz quebrado do Indião), mas pouco já falam disso hoje em dia.

Em suma, se beber não case. Ou separe. Tampouco venha aqui escrever um artigo para o BV. Poupe a todos do desalento que o time do Sport Club Internacional nos transforma, time que fazia 8 e agora só 4.

E que oito em… Aquele gol do Clemer foi pra enterrar qualquer sapo que ainda podia ter. Gol do Clemer minha gente e eu nem borracho estava.

Aliás, foi muito são que vi e vivi o Internacional construindo sua senda de glórias e vitórias. Muito são.

 

CURTAS                                                                              

– Falando em goleiro, o nosso Daniel ganhou um prêmio ontem, o melhor da semana ou do mês. Justo após a saída no “melhor preparador do país” na função. Só pode ser provocação;

– Já me contento se o Daniel for o melhor do dia. Dia de jogo do Colorado;

– Não falei do Wandinho na semana que passou. Minha reverência a melhor contratação do ano. Comprem logo;

– Fazer gol em time de morto, de pênalti (quase errou) e ser aplaudido. É o que o Edenilson precisava para a “redenção”. Agora a nossa torcida as vezes me racha a cara;

– Não vi mais o Mikael no time. Espero que também não o veja no Moita ou no Gelson;

– Eu se tivesse do lado de lá também estava na borracheira: time consolidado no g4, vai para as competições internacionais ano que vem e ainda tem o zagueiro bola de prata da série A2. Borracho y loco;

– Sobre o romantismo da semana passada, mas agora falando do último jogo: Johnny já não esconde mais de ninguém o segredo do seu repentino sucesso: está apaixonado!

 

PERGUNTINHA

O que é sonho e o que é ilusão pro Colorado?

 

Camisa vermelha e cachaça na mão, Nação Colorada!

PACHECO

How useful was this post?

Click on a star to rate it!

As you found this post useful...

Follow us on social media!