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Por um bom período da minha vida, lá pelos idos da década de 1990 quando o dinheiro no bolso parece que tinha mais valor, hospedava-me com a família num velho hotel na praia de Arroio Teixeira. Ambiente familiar e o que eu mais gostava, pacote completo: café da manhã, almoço e jantar inclusos na diária; no ano novo ainda tinha uma ceia extra, na hora da virada, com direito a leitão à pururuca assado inteiro. Pai, mãe e seus filhos administravam o local e uma legião de hóspedes oriundos da terra daquela boa gente: Santa Cruz do Sul. Éramos dos poucos que não tinham relação com as lavouras de fumo, por ali.

Chegava de manhã cedo, antes mesmo de abrir o salão para os esfomeados, o apelo é para quem conseguiria folhar os jornais primeiro. Meu guri mais velho, doente pelo Internacional, tinha de acordar cedo somente para buscar novas informações de contratações do Colorado e ficar respondendo provocações do Gilberto, um sujeito engraçado da boa terra de Vera Cruz; a pena é que era muito torcedor do rival, tanto por isso as provocações.

No dia que as redações largavam as matérias com religiosos leitores do futuro, eram os mais engraçados: cada qual fazia uma interpretação daquilo ao seu melhor favor, quer o Gilberto ou mesmo meu filho que, mesmo com as palavras sugerindo uma temporada dura, jamais esmoreceu ou acreditou no que diziam búzios e cartas. Afinal, é o time dentro de campo o responsável por construir sua própria história de glórias.

Pois há quase três décadas não entro em Arroio Teixeira. Soube que com a doença e após falecimento do patriarca do ramo hoteleiro o hotel logo foi repassado (para pouco tempo depois ser fechado definitivamente) e a família voltou pro Vale do Taquari. Do Gilberto também nunca mais soube. Meu filho, contudo, segue firme como o Colorado que sempre foi, mas não deposita (e nem gasta) mais seu tempo nos jornais que há muito se perderam nas esquinas tais quais os guris que nelas o vendiam.

Só que o nosso Internacional segue aí, firme e forte apesar dos devaneios e desalentos. E nós torcedores Colorados seguimos por aqui, firmes e fortes apesar dos devaneios e desalentos. Prontos para a temporada 2024 que, enfim, parece nos reservar momentos de perseverança e de glórias.

Nós, torcedores Colorados que jamais deixamos de abraçar o Clube e o time quando chamados, mesmo quando nos faltavam valorosos jogadores à diferença de agora, mais uma vez estaremos sempre lado a lado para fazer de cada nova temporada um recomeço, uma nova busca às vitórias e conquistas. Nós todos no Gigante da Beira Rio…

E reprisando eu mesmo por aqui, lembremos que a vida é sempre um eterno recomeço. Nunca é tarde para voltar a sorrir. Para montar de novo um time vencedor. Para voltar a ganhar. Para que o Internacional volte a ser o velho Colorado das glórias.

E parece que nunca esteve tão perto de isso voltar a acontecer…

Que estejamos nós Colorados de fé preparados para mais uma aventura. Pois, parece deveras promissor o futuro que nos aguarda.

Será um grande 2024… Seremos campeões!

 

CURTAS          

– Nossa principal contratação até o momento chegou há seis meses e atende pela alcunha de Chacho Coudet;

– Louco achava que era eu até ver que Coudet, mais uma vez, veio de Buenos Aires de carro;

– Parece não haver mais dúvida que Alessandro Barcellos quer fazer história como presidente do Internacional. E que consiga, por todos nós;

– Nunca levei fé que Rafael Borré pudesse vir mesmo e agora só falta chegar. Que baita contratação(!);

– Penso, todavia, que para o bem do nosso projeto vencedor em curso, deveria chegar o mais breve possível;

– Das contratações anunciadas até agora, porém, é em Lucas Alario que deposito mais fé;

– Sigo guloso nas contratações: falta ainda um zagueiro titular, lateral esquerdo titular, centromédio titular, um camisa 10 reserva e um atacante de lado direito;

– De Pena de lateral esquerdo… É isso ou uma passagem só de ida para o Uruguay;

– Novela por Thiago Maia? Aí “paremo”;

– Verdade seja dita: para ser campeão precisamos de dois times prontos para qualquer parada. Barcellos tem consciência disso e dê-lhe limite do cheque especial e crédito minuto no Banrisul. Seremos sim…;

– Saudades do mar vermelho do Beira Rio!

 

PERGUNTINHA

Chegou o ano de ser feliz, torcedor Colorado?

 

Vamos nos preparar para sorrir de novo, minha Nação Colorada! Associa-te!

PACHECO

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