4.8
(17)

Foi um jogaço e tanto, vamos admitir. Que atuação estupenda do Sport Club Internacional. Algo que não se via há tanto tempo que ainda estamos incrédulos (ou a maioria está, creio). Veja-se que o Inter vem respondendo dentro de campo as minhas indagações dos últimos posts, de maneira que não tem sido fácil ainda conseguir conter a ‘euforia’ a que me referi. Mas é preciso. É preciso.

A despeito do título da publicação do Régis, ontem, atenho-me ao que referiu um professor da faculdade: “A vida também é feita de ilusões. Eu escolhi a minha: Internacional!”. Acrescento que esta é uma ilusão que vem ganhando ares de realidade. No meu caso, eu (acho que) só vou passar a acreditar mesmo ganhando o clássico. Aliás, independente do resultado do campeonato, ganhar no domingo é fundamental para que o alinhamento do universo volte ao seu curso normal. Afinal, quem manda aqui tem nome, sobrenome e veste um manto alvirrubro.

Mas vamos ao jogo. Foi um jogaço e tanto, vamos admitir. A começar que Abel Braga surpreendeu talvez até a ele mesmo quando decidiu fazer marcação alta (a menina dos olhos do antigo treinador) e atacar, justamente, o calcanhar de Aquiles do adversário, então (falso) líder do Campeonato Brasileiro. Os três primeiros gols foram construídos justamente por causa dessa estratégia. Veja-se que a ideia burra de se apegar a um só esquema e uma só forma de jogo fazia o adversário seguir realizando a mesma coisa mesmo com o Inter lhe sacrificando inapelavelmente. Aliás, nisso o grande mérito de Abel Braga nesta que deve ser sua última passagem como técnico do Inter: vencer é muito mais importante que fomentar discurso ou tese barata. Futebol será sempre futebol: tosco, imprevisível, louco. Que ganha quem faz mais gol.

O futebol é louco.

Não me recordo se já referi que foi um jogaço e tanto do Inter? Mas foi né, vamos combinar. O futebol (nada louco) ontem impregnado em São Paulo, talvez a capital moral do país, embriagou não só o adversário como a todos nós torcedores Colorados. Como dormir depois? Não me impediu, todavia, de seguir achando que Marcelo Lomba não merece mais a titularidade. Vencemos, todavia, apesar de Lomba. Ou que não pode tomar um gol do (sabido) artilheiro do time, com uma marcação distante, quer de quem estava a frente (Lucas Ribeiro) ou mesmo atrás (Rodrigo Dourado). Não sei se foi falha, azar ou o quê a canelada do Cuesta que gerou o escanteio do gol de honra, mas, também, a isso pouco importa, afinal, foi o mesmo Cuesta que abriu o placar.

No mais, uma partida quase que irretocável de todos. Pouco se falou no Edenilson, mas acertou tudo que tentou dentro da sua discrição. Eu não gosto do Patrick, já falei por aqui, mas mereceu até encerrar como capitão mesmo, pelo que fez e vem fazendo. O jovem Peglow jogou mais, a meu ver, que Caio Vidal, apesar do gol. Antes, aliás, como não falar no Moisés. Tem sido o lateral esquerdo que queremos e não temos há anos. Até Rodinei se portou bem. Meu destaque final, é claro, fica para aqueles que foram os melhores do jogo na visão deste que vos escreve: Praxedes e Yuri Alberto.

O jovem meia lembra, a mim, Oscar. Impõe uma cadencia produtiva à meia cancha, joga de cabeça e erguida e agora só tá faltando voltar aos chutes de fora da área que fazia enquanto craque da base. Quanto ao homem dos 3 gols fica até difícil falar algo a mais. Mas que lembra Nilmar, lembra.

E nesse mundo de lembranças eu vos digo a resposta da pergunta que mesmo formulei: sim, há tempo para o tetra!

Vamo Inter!

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