4.9
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Se for para fazer uma pequena (grande) retrospectiva da minha jornada até aqui, passei mais por espinhos do que por flores. Muitas coisas eu não posso contar, e isso não é por vergonha do que eu fiz ou deixei de fazer, mas por se tratarem de feridas que não cicatrizaram e talvez jamais haverão de assim se fazer. Outras, pensando bem hoje em dia, até já acho graça.

Uma delas casualmente aconteceu num feriado de Nossa Senhora de Navegantes, como hoje. Eu estava sem férias há muito tempo e sem carro também. As crianças na praia com a avó e ‘cia ltda’. Pois Navegantes caiu numa sexta-feira, eu com a cabeça fervilhando, passe livre nos ônibus da Capital, resolvi ir pra praia. Isso, pois no dia anterior o chefete imediato mandou eu ficar de sobreaviso que o índio de plantão estava meio doente e sei lá o que. Conversa fiada, estava é querendo se deleitar com a amante que eu sabia bem da história. Fui pra praia e azar de repartição, chefete, amado e amante.

Peguei a linha até a Salgado Filho, e desci a Dr. Flores (ou alguma por ali) até a rodoviária a pé, empolgado e com pressa, com aquela mala meio desajeitada nas costas, para facilitar o andar mais rápido. Ainda não existia mala de rodinha naquele tempo. Peguei um busão com a mulher, chegamos no litoral perto do meio dia.

Dia bonito, de torrar na praia. Não fosse o maldito mau jeito que me deu nas costas, de carregar aquela mala por umas quadras ladeira abaixo. Respirar era difícil. Mulher correu na única farmácia que tinha no centrinho e o remédio até curou a dor nas costas horas depois, mas perdi o dia bonito, feriado, de torrar na praia, enfim, dormindo. Tomei dois comprimidos para agilizar e capotei. Um dos tantos títulos heróicos que “ganhei” na vida.

Vejamos que as tentativas da atual gestão de contratar centroavante não deram certo até agora. Podemos dizer que acertamos no Alemão, mas aí tem um claro golpe de sorte. Nos outros dois (Braian e Mikael), foi tiro dado e bugio rindo da nossa cara (quem não conhece do adágio popular, se informe). Romero ainda fez dois gols, um que valeu três pontos e outro que já não somava nada; mas, fez. Quanto a Mikael foi um deboche com a cara do torcedor, tanto protagonizado pelo mesmo quanto pela diretoria que, até o momento, ainda não explicou bem o que aconteceu.

Pois então.

Ambos vieram, pouco ou nada fizeram e se foram. Tal qual a maldita dor nas costas para mim naquela feita. Veio, estragou minha tarde de sol, torraço, nordestão e croquete (carne velha e areia) à beira do mar. Porém, se foi. E dali em diante eu fiz daqueles dois dias que se seguiram, o mais perto de férias em anos, valorosos momentos de paz e tranqüilidade (sempre gostei da trema e sigo usando).

Logo, meu Povo Colorado, se o Internacional quer encontrar a efetiva paz e tranqüilidade, ao menos para esse começo de temporada, não pode mais ser “consertar” dormindo. Não pode mais errar no centroavante. Tem que ser o rapaz um jogador que conheça da profissão e esteja ela marcada na sua carteira de trabalho.

Alguém que saiba entrar no mar e nadar contra a correnteza. Um goleador. Um bom navegante.

E que logre das bênçãos de Iemanjá.

 

CURTAS          

– Mano Menezes deve poupar mesmo o time quando for para jogar no potreiro do estádio do Vale. Então, me manifesto antes da partida (de hoje), pois pouco devo ter para acrescentar depois;

– Baralhas pintou no BID e logo saberemos se já de arrancada saberá das as cartas na meia cancha;

– Tenho me surpreendido ainda mais com o nível da nossa imprensa pampeana. Só piora; ladeira abaixo (e com mala nas costas). Se os bons se aposentaram ou já se foram, os “novos bons” ainda estão por nascer;

– Minha nova ação favorita a cada novo dia é acordar e descobrir nas redes sociais qual a “barrigada” da vez;

– Com o assunto Aranguiz meio morno, já tem gaiato atochando Damião e Nico Lopez. Deve ter quem caia nestes golpes ainda;

– Não vou me surpreender em nada se o centroavante estiver na argentina e, agora, enfim, queira vir pra cá;

– Como a nossa diretoria se comunica mal com nós torcedores. Impressionante e lamentável, em pleno 2023.

 

PERGUNTINHA

Mas será o Benedetto?

 

Se bandiamo pro Gigante, Nação Colorada. Feriado com jogo do Inter é feriado pra nós sempre!

PACHECO

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