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Esta minha primeira participação no 2021 é gravada, admito. Isso que você está lendo já fora escrito há alguns dias, eis que estou neste momento fazendo de conta que descanso. Não ouso usar o termo férias uma vez que já não mais sei o que é isso faz algum tempo. Diria que estou de folga. Falo para justificar, desde já, eventual razão pela qual não fiz menção a qualquer ocorrido nesta semana até aqui, uma vez que propositadamente não tenho como editar o que ora vai escrito. E nem pretendo. Não que os nobres leitores e leitoras deste emérito espaço não mereçam: sim, merecem e muito. Quem não faz por merecer boa vontade é o Internacional. E ponto.

Depois de dois anos seguidos (2018 e 2019), quem presta atenção no que escrevo percebeu que não falei mais em ser campeão brasileiro. Sequer ousei divagar em sonho mesmo com a liderança de quase um turno, já no um tanto quanto longínquo 2020, mesmo porque eu nunca levei muito a sério o time e, portanto, a chance de ser campeão.

Improvável, porém não impossível. Isso ainda agora.

Escrevo, obviamente isso, muito na força do ódio. Como pode o time que está na liderança do campeonato hoje ser tão passivo, modorrento e bundão numa semifinal de Copa do Brasil? Um campeonato iniciado e terminado em 2020 – o ano para esquecer, o ano do imponderável e do absurdo – até poderia fazer do atual líder o seu campeão. Mas em 2021 e o ideal da esperança que se renova, o ideal de que efetivamente vamos deter melhores dias; bom, o 2021 não pode concordar com esta blasfêmia. Por isso, repiso a pergunta do título:

Há tempo para o tetra?

Matematicamente tudo pode acontecer. Mas é claro que o futebol não é matemática. O futebol permite que o ganhe o pangaré e não o puro sangue. Só que tanto por isto, numa ideia tão somente galgada no espírito do “vamo, vamo Inter”, é possível sonhar. Mais do que isso: é possível desatinar e se iludir. Ora, ainda tem o confronto direto… Os caras tem a estampa da derrota marcada na cara… O problema é que nós também!

Mas dá, vamos combinar que dá.

É claro que o jogo de ontem (do “líder”) pode ter tornado tudo que já escrevi até agora um punhado de baboseira; ou ao menos o começo de tal. Mas também pode ter enriquecido o devaneio da minha tese: ‘mas dá, vamos combinar que dá’.

Em suma, entre o mínimo de racionalidade e a loucura é que vou postar tudo isso, um apanhado de muitas dúvidas, mas, porém, uma só certeza:

Pode até dar, mas só vai dar se ganharmos hoje no Ceará. Lá.

E entre sonhos e devaneios eu espero, efetivamente, estar bem acordado na próxima semana. Bem acordado durante esse 2021. Ora, não é sonhando que se é campeão. É bem acordado. Então levanta da cama e vai lá e ganha, Inter.

Vai lá e ganha!

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