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Estavam os ratos muito bem alimentados, com inúmeros queijos à sua disposição nos porões do navio. E o navio navegava, triunfante sobre as águas do Oceano, mesmo que ainda não tivessem enfrentado maiores obstáculos. Estavam todos felizes, num convívio segundo a distribuição dos espaços e dos comes e bebes. Em paz e conciliados. Eventuais interesses conflitantes que apareciam vez por outra, eram imediatamente apaziguados com o aumento da ração, para os ratos; dos poderes e espaços para os tripulantes superiores; de comes e bebes para os tripulantes inferiores, às vezes à farta, às vezes mais moderadamente.

Mas um dia… sempre há um dia! O mar se revoltou. E as ondas, que até então se encontravam calmas, belas e bem orientadas pelo mar, começaram a avançar sobre o navio.

Os tripulantes ‘superiores’ viram com horror que os ratos abandonavam o navio. Os tripulantes mais inferiores, incitados por alguns superiores, tomaram o convés aos gritos e aos reclamos. Os comes e bebes já não faziam mais efeito salutar. Queriam a mudança do capitão para entregar o navio à sabedoria dos ratos mais gordos, mais sábios, aquelas ratazanas mais velhas e mais experimentadas.

E os ratos mesmo, aqueles bem ratos, por aclamação e sem reclamação, se foram para as águas revoltas do mar.

Estamos em agosto, e o ano de 2024 para o glorioso Sport Club Internacional já acabou; ou melhor, só não acabou pois teremos que salvar o que resta no Campeonato Brasileiro, sob pena de prejudicarmos os próximos 10 anos de clube, como vem ocorrendo até hoje.

Mais uma vez, nossos ‘ratos’, gordos, bem alimentados e muitos deles num estado pré aposentadoria estão, após fracassos repetidos, abandonando o barco em meio à tempestade.

Até quando iremos permitir que isso aconteça?

Por que essa postura repetitiva em contratar ‘ratos’ com postura acomodada e que em sua grande maioria vem para o Beira-Rio para curtir um SPA?

Quando perdemos a gana em trazer integrantes com perfil de querer crescer e aparecer como já se fez antigamente?

Ah, e não menos importante … e o que está fazendo os ratos abandonarem o barco? Os comandantes não tem a motivação e pulso necessário?

Todas essas questões e variantes devem ser esclarecidas. A torcida não aguenta mais.

Pelo que se sabe até o momento, outros ratos virão para suprir os que estão se lançando ao mar, e até agora nenhum me empolga, no que espero estar errado.

Se o mar se acalmará? Se o rumo irá para o lado certo? Se o destino foi bem revisto, com a consequente redistribuição dos ‘poderes’ e espaços de forma mais adequada, afim de agradar não só a tripulação, mas a todos que dependem que o navio viaje com tranquilidade e alcance o tão desejado destino e a consequente vitória?

Parte da resposta só saberemos em dezembro.

Deus nos ajude.

 

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