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Em algum momento que não sei bem quando, passou a ser política de visão de futebol da instituição Sport Club Internacional se contentar com pouco; digamos que aceitar decisões e resultados que não coadunam com sua grandeza. Vejamos o último jogo: ‘ahhh mas fazia um bom enfrentamento contra o Palmeiras e a expulsão…’. O que fica nos anais da história é a derrota. Adianta o que jogar bem e perder?

Lembrei agora da história dos javalis (ou um animal qualquer do gênero) e a questão da domesticação: primeiro colocaram só a comida lá; depois, com o alimento no mesmo local cercaram a frente; aí, seguiu a comida e apareceu uma cerca nas laterais; por fim, o cercado estava completo e os javalis apenas esperavam a comida, já tendo perdido a natureza selvagem da espécie. Com a vênia devida, obviamente, grande parte da torcida tá nesta mesma toada.

Ora, convenhamos, não vai muito a torcida aplaudia empate em casa; ou sequer manifestava raiva por derrotas. Estamos domesticados, é a verdade que se mostra evidenciada.

Aí, com essa, a diretoria se encoraja de renovar com Lindoso e Moisés, duas nulidades absolutas – afinal, no máximo vai ter um zum zum em rede social; ou se mantém qualquer pangaré gordo em campo que parece ter lugar cativo no time. Vai se saber o motivo…; ou se deixa criarem lideranças no vestiário que nunca ganharam nada e mandam e desmandam, sem qualquer compromisso com vitórias, afinal, vencer parece não ser o lema do Inter. E faz tempo.

Aí, nessa mesma vibe, se lamenta que o treinador que faz uma campanha mediana jogando uma só competição, poderia ir embora à sua seleção nacional. Desculpem-me, não dá. Não dá. Vamos ganhar o quê como “Odair que habla“(?), como bem definiu Aguirre num comentário pretérito por aqui o André Celso, outrora destacado colunista deste BV. Nada, vamos abrir os olhos. Não vamos ganhar absolutamente nada.

Ou seja, com uma torcida domesticada, que aluga barco para apoiar antes de clássico que os heróis conseguiram ainda assim perder, nós vamos do nada a lugar algum. Simples, assim. Com a torcida domesticada, nosso título é classificação à libertadores, campanha épica é ser vice campeão. Ora, senhoras e senhores, a seguir neste ritmo logo seremos o clube dos considerados grandes há mais tempo sem vencer um campeonato nacional. Quarenta e dois anos e contando…

Domesticados temos de temer o “poderoso” Bragantino, hoje, jogando em casa. Patético. Assim como patético é apenas e tão somente esperar, enfim, os festejados 45 pontos. Só o que nos resta.

Só o que me resta, afinal.

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