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(Foto: site do Inter)

17 dias, é o que temos, pessoal.

Embora já tenhamos dito, redito e insistido em dizer novamente várias e várias vezes aqui no BV, vale a pena resumir, na minha visão, o que nos levou à situação atual:

  • NENHUMA visão de futebol, há anos.
  • OPORTUNISMO constante na contratação de jogadores e técnicos.
  • RODÍZIO inaceitável de comissões técnicas.
  • ELENCO mal formado, sem compatibilidade técnica, anímica e pessoal entre os jogadores. E, ainda, com muitos jogadores que não tem calibre MORAL para vestir essa camisa.
  • GESTÃO de contratos de jogadores mal feita, com jogadores ruins ganhando muito, jogadores bons ou com potencial ganhando pouco, medalhões que um dia jogaram ganhando fortunas e produzindo nada.
  • ARROGÂNCIA na forma de agir e principalmente ver o clube: não é gigante, não é campeão de tudo (falta a série B, a C, entre outras, só pra não perder a piada infame), não é incaível.

Isso é apenas um resumo. Mas, quase todos nós sabemos disso, embora só uma pequena parte consiga aceitar estes fatos, tenho vivido de negação e pensamento mágico, assim como a direção, nestes anos todos. Mas dito isto, o que nos resta agora?

Bem, de tudo que possa ser questionado na apresentação de Lisca, confesso que VALORIZO muito um aspecto: Lisca disse que é preciso enfrentar o momento sabendo que a série B está aí, é bastante possível e que, se acontecer, a vida tem que continuar. Isso, ao contrário do que muitos de vocês possam pensar, não é uma mentalidade derrotista, mas exatamente o contrário: é olhar para o problema, refletir sobre ele, encará-lo. É não fazer terra arrasada, pois toda situação na vida (de uma pessoa ou de um clube) ensina e é contornável. O Inter pode cair e isso não vai fazer o clube acabar. (repita essa frase umas 5 vezes pelo menos, até que se sinta mais calmo)

Por outro lado, uma vez que isso esteja internalizado, é preciso usar a calma resultante para potencializar a concentração, a disposição, a retomada de uma alegria em jogar futebol, em ter a bola nos pés, em construir jogadas, em desarmar os adversários, em não deixar nenhum time jogar tranquilamente, em fazer gols, enfim, jogar bola. Com mais serenidade, é possível trabalhar qualquer pequena virtude que se tenha, mas sem isso, nem gênios produzem.

Então, nesse momento, apesar de ver 99% de chances de cairmos e de sinceramente achar que merecemos mesmo (todo mundo, dirigentes, jogadores e torcida), vou torcer pelo Lisca, vou rezar por um milagre, vou sonhar.

Talvez precisemos cair, mas que os deuses possam perdoar o Inter por todos os seus erros até aqui e que essa lição (sem a queda) já seja suficiente para cumprirmos nosso carma, que a queda não seja necessária.

Avante, Lisca!

 

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