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Perdi muito mais do que ganhei nesta minha vida de tantas coisas vividas, mas ao certo é que para tudo existem derrotas e “derrotas”; assim como vitórias e “vitórias”. Eu sei que está parecendo conversa de boteco já em começo de madrugada, mas ao certo é que cada um escolhe para si como interpretar das coisas que lhe acontecem. Conheço muita gente que aprendeu muito mais perdendo do que ganhando e outras que sequer sabem como conseguiram vencer.

Coisas da vida. Ou da sorte. Vai saber…

No pragmatismo do futebol, o subjetivismo, tal qual a vida, também toma conta. Em 2020/2021, naquela arrancada merecedora de título com o grande Abel Braga no comando do time, muitos daqueles jogos de invencibilidade ganhamos em golpes de sorte, pois faltou desempenho e não foi em uma só partida isolada. Desempenho este que estamos vendo agora, com o Professor Roger. E isso não é uma crítica ao Abel, longe de mim traçar uma linha sequer contra um monstro sagrado da história do Sport Club Internacional, contudo, inegável que quanto mais o time se azeitar, mais confiança há de ter e mais fácil será vencer, vez ou outra, na sorte. E isso ainda não é um elogio ao Roger, importante dizer; somente a visão de um velho torcedor Colorado.

Não julgo que tenhamos vencido sequer o último confronto na sorte, mas pelo menos três das últimas vitórias flertamos, no início do jogo, com adversários sedentos que só não nos trouxeram mais prejuízos porque havia um goleiro de seleção (ou um prata da casa de futuro), ou ainda um bandeira atento à linha de impedimento e, talvez, atacantes de qualidade duvidosa do lado oposto.

É inegável, pois, que a maré virou já que fosse dois meses atrás teria dado tudo errado e triunfos seriam aqueles empates “heróicos” que vão do nada a lugar algum.

Uma vez mais tivemos volume de jogo contra um time chato (neste caso sem mais nada a perder) num primeiro tempo em que a bola teimava em não entrar. Aí mais uma vez surgiu um pênalti bobo cometido por um adversário afoito (daqueles que não vai muito nós é que fazíamos). Pênalti mal batido é o que não entra; o que não impediu ainda assim de palpitar meu coração nos dois últimos cobrados pelo nosso camisa 10. Entraram e é o que importa. Coisas da sorte, talvez. Sorte a nossa.

Na segunda etapa o gol cedo levou o time à ideia de “tiro de misericórdia”, o relaxamento foi natural, afinal, é diferente jogar uma vez na semana e três partidas em 7 dias. Ainda assim, criamos problema para o nosso lado muito mais pela inaptidão (com sorte, nervosismo ou susto pelo peso da camisa) do zagueiro estreante do que propriamente pela desídia do coletivo. Tentaram e não levaram. Veio o terceiro gol, aí sim – de fato – o tiro de misericórdia.

Coisas da vida. Ou da sorte. Vai saber… Futebol é pragmático, sim, mas também imprevisível.

Vamos agora para dois confrontos interessantes. Contra adversários que não suportamos. Atenho-me ao jogo mais perto e, quando lembrei de algumas vitórias mais recentes que já tivemos na capital paulista, sorri. Rizada de sorte. A goleada na Copa do Brasil em 92, a estreia no Brasileiro de 97 e, por fim, resolvi ficar mesmo com a primeira rodada do nacional de 2009. Com Nilmar e o gol mais lindo de sua carreira.

Naquele dia não foi coisa de sorte ou coisa da vida, mas sim, coisa de craque! Nilmar foi craque da bola, dos tantos que tive oportunidade de ver.

Coisa da vida ou da sorte, tanto faz. Vencer a próxima partida é o que mais importa e sem qualquer tipo de rótulo.

 

CURTAS                                                                              

– Professor Roger Machado elogiou o zagueiro estreante mas baixou a linha de marcação do Fernando. Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, afinal;

– Melhoramos nossa aptidão à marcação de gols, mas ainda assim a coisa poderia ser bem mais fácil;

– Braian Aguirre, vulgo Café, tem cara de zagueiro. Não gosto de improvisação, mas vai que dá certo. Eis aí Bruno Gomes para nos dar esta sorte;

– Se a sorte tivesse sido menos preciosista com Enner Valencia, aquele voleio teria entrado e seria um golaço. Tomara que seja prelúdio do que vem por aí;

– Jogo de sábado vale os mesmo três pontos que o clássico, sendo que a rigor a vitória em SP pode nos trazer muita alegria. Não tem que poupar ninguém. Domingo de eleição é dia para se alegrar com o Colorado e chorar na urna. E só;

– Não sei vocês, mas eu tenho me sentido muito mais leve em não ter que ver e ouvir nosso Presidente falando de futebol.

 

PERGUNTINHA

Vamos com sorte para o sábado?

 

Não foram na sorte as glórias do Internacional! Ajudou e muito, todavia.

PACHECO

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