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Dizem os pensadores que o verdadeiro amigo pode ficar anos sem conversar ou ver você, mas que ao reencontro é como se tivessem tomado uma cerveja no dia anterior. E tem uma ainda mais profunda que diz que aquele que nem sempre está contigo é o que mais pensa em você. Energias positivas as vezes são até mais importantes que as agora populares “curtidas” em rede social.

A vida, afinal, é bem mais que uma tela. A vida foi feita para ser vivida.

Assim como as vitórias, que devemos sempre comemorar de forma efusiva. Qualquer vitória, ainda que por mais simples que possa parecer. Tipo a que construímos, ontem, no velho Gigante da Beira Rio e que, venhamos e convenhamos, de simples não teve nada. Foi parida à bigorna, mas imprescindível. Imprescindível!

Foi apenas o segundo jogo sob comando de Roger Machado que assisti por completo. Ainda não gosto muito da disposição tática que tenho visto, mas a vontade física, ontem, não faltou. O emocional ainda capenga, é verdade, me fez dialogar com o campo para o fim de afirmar, ao início da segunda etapa, que “este time morto não vai empatar nunca”.

Mas aí tinha o vencedor, brigador e, como dito por aqui, destruidor Thiago Maia que é também um recuperador de bola e assim o fez para deixar tudo igual no placar de maneira que, ao fim do campeonato, poderemos estar enquadrando um lance tal qual tantos e tantos que nunca deixaram de iluminar nossas memórias. E tal gol, pela maneira que foi, trouxe novo ânimo para mim, para nós e, principalmente, para o Inter. A jogada, por si só, mostrou ao restante do time que, sim, era possível querer um pouco mais. Era possível e necessário vencer.

E a virada veio. E a vitória, enfim, também.

Numa das tantas da vida eu consegui uma carona da Capital à Scharlau. Numa parada de ônibus à espera dum Central – para finalizar minha parte da viagem, adentrei num ônibus lotado que somente tinha mais um lugar disponível, ao lado dum vivente que cansado do dia peleado de trabalho dormia sabe-se lá como escorado na janela do coletivo. Quis o destino ser o meu bom amigo Rogério, que há anos eu não via. Sorri, mas não lhe acordei. Num passar de buraco poucos quilômetros adiante ele despertou, olhou pro lado e incrédulo me viu lhe cuidando. Sorriu de volta. Anos de amizade garantidas em singelos sorrisos.

Nos reencontramos com a vitória, nossa querida amiga – ontem no gélido Beira Rio – e nem parecia que fazia um tempo que passamos longe. Sorrimos daqui e ela nos sorriu de volta de lá, demostrando que uma história de amizade ainda está garantida em singelos sorrisos. E abraços afetuosos.

Que sigamos sorrindo com elas, as vitórias.

Vitórias serão sempre queridas amigas do Internacional.

 

CURTAS                                                                              

– Professor Roger Machado poderia ser um pouco menos conservador, precisando ganhar o jogo. Mas que as vitórias sejam suas amigas também;

– Vitória no abafa e erro do adversário é a tônica do nosso atual treinador, penso eu, aliás;

– Estreou Bruno Tabata e claramente tem bola no corpo. E personalidade, igualmente;

– Gostei do outro Bruno, também, o Gomes. Parece enganar bem de lateral, ainda que precise um pouco mais de embocadura na marcação;

– Wesley se pisou e Wanderson é patrão do DM. Nem sei quem joga pelo lado a próxima partida;

– Valencia está mal, é verdade, mas é só uma fase ruim que vai passar. Já Alario parece ter desistido da carreira;

– Bernabei no apoio é bastante voluntarioso, mas na cobertura é capenga. Três gol sofridos por ali e já passou da hora do Professor dar jeito nisso;

– Na falta de avantes pensei na ideia do Barnabé mais adiantado, inclusive. Igual estamos virados em improvisações mesmo;

– Já o uruguaio Rogel, cara e jeito de zagueiro e que já chegou jogando, até que está se saindo melhor que a encomenda;

– Ganhamos, ótimo. Mas não apaga a faisqueira a cada novo pênalti perdido;

– Gabriel Carvalho é de outra turma. Agora o grandalhão Mathias vai dar bom, hein…;

– Pouca gente no Beira Rio. Poucos ainda com fé. Não julgo. Sorte a nossa é que a fé do Colorado sempre se renova.

 

PERGUNTINHA

Vamos ao encontro das vitórias?

 

Que tenhamos um pouco de paz e muitos reencontros com nossa querida amiga, Povo Colorado!

PACHECO

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