NOVELA MEXICANA
Certa feita, numa das tantas gauderiadas que me meti por aí, quase fui parar numa fuzarca musical no México. Faz tempo e eu não lembro bem a razão pela qual iríamos, mas tão somente porque não fui: minha Senhora vetou. Foram excepcionais suas razões por ciúme nestes quarenta e tantos anos de convivência, dentre os quais a minha visita à terra da tequila, das margaritas, das palomas (tipo o nosso samba só que com fanta) e de muitas mulheres bonitas. Tentei de todas as formas demonstrar a natureza profissional, porém não teve conversa e aquilo virou uma novela mexicana sem final feliz.
E por falar em novela mexicana, como um bom apreciador de novelas boas que sempre fui, obviamente as da terra de Thalia e Gabriela Spanic – dentre outras, nunca foram as de minha preferência. Naquela época se mostravam tramas vazias, que batiam no mais do mesmo com roteiros supérfluos e baixa qualidade de produção (claro, a se comparar com o que já se produzia aqui no Brasil, em igual período). Talvez até mesmo por isso é que Salma Hayek e Kate Del Castillo, por exemplo, fizeram mais sucesso após aparecem em produções americanas.
Apenas uma hipótese, reconheço.
Novelas mexicanas, aliás, são sempre as negociações que envolvem a busca de jogadores pelo Sport Club Internacional, ultimamente. Roteiros que se reprisam, capítulos que não evoluem e parecem ser mais do mesmo a cada novo início de ano. Impressionante e desalentador. Para dizer o mínimo. Além disso, parece que para atual gestão é sempre o mínimo de tudo e o máximo de nada.
Estamos sem os pilas na guaiaca, é verdade, mas isso nunca havia nos ceifado de vencer um gauchão que fosse. Agora, sequer sentimos o gosto de uma final. E já vem de tempo. Para piorar, conforme me mandaram uma lista acertada elencada por um Colorado consciente, não temos zagueiros para colocar em campo sequer num amistoso, tampouco laterais canhotos e, em compensação, empilhamos pontas e contratamos jogadores reservas.
Todavia, “não há nada e nem que tenha, deixa este mundo girar”. Afinal, o otimismo das últimas duas temporadas, pelo menos, também não nos levou a lugar algum. Quem sabe um pouco de ceticismo até nos ajude…
Em suma, hoje à noite recomeça mais uma saga para o Colorado e para os Colorados. Um amistoso contra o México no Beira Rio. Não chega a ser novidade, Seleções gostam de enfrentar a nossa Seleção Colorada. Que seja um sinal de boas coisas que estão por vir, que brilhem e que todos conhecem por taças; quiçá canecos. E que a novela mexicana gravada nos corredores do Beira Rio ganhe novas cores e imagem de última geração.
Enfim, tem uma geração vermelha que só pensa “naquilo”…
Um título!
Que seja um grande 2025 para todos nós e para nosso Sport Club Internacional.
CURTAS
– Professor Roger Machado já passou do período de desconfiança e ganhou nossa esperança. Agora é buscar a realidade. De TÍTULOS(!);
– Bernabei se mostrou um lateral e tanto, mas não é um Vacaria, Kléber ou Jorge Wagner para gerar uma celeuma de tal envergadura. Por favor (!);
– E para piorar um pouco, não temos sequer um reserva para a posição;
– Repatriar Kaique Rocha? Só pode ser piada e de muito mau gosto;
– Temporada passada foi em Lucas Alario que depositei mais fé. Logo, minha fé não está nada apurada;
– O que não me impede de torcer para que Bruno Tabata supere os episódios de lesão após a outra e consiga firmar o seu bom futebol;
– Novela por Thiago Maia, de novo? Aí “paremo”;
– Tem que vestir a camisa do Internacional quem quer estar aqui. Isso vale para quem chega e para quem sai (ou assim deveria);
– Falar em camisa, estou na expectativa da nova que andam cantando por aí. Pero no mucho;
– Repiso o que já disse por aqui: para ser campeão precisamos de dois times prontos para qualquer parada;
– Mas, para isso precisamos dos pilas de um novo patrocinador;
– Refri, CEVA e água? Tô dentro(!);
– Saudades do mar vermelho do Beira Rio!
PERGUNTINHA
Chegou o ano de ser feliz, torcedor Colorado?
Vamos nos preparar para sorrir de novo, minha Nação Colorada! Deus é Colorado e irá rogar por nós…
PACHECO