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As eleições já terminaram, para a boa graça daqueles que na segunda-feira não tinham alternativa diversa à lida, o que não impede de me fazer lembrar de algumas anedotas que surgiram ao longo da minha jornada, todavia. Aliás, na melhor perspectiva do “não há o que não haja”, foram poucas as experiências que não cruzaram pelo meu caminho.

Numa eleição presidencial, que nunca me cativou como as do pleito municipal, visitava eu aquela bucólica terra que me viu nascer e crescer quando o amigo Barbosa cruzou por mim numa D-20 branca que ele tinha (ou o que sobrou dela) e num ato de devaneio parou no meio da rua para me avisar que o “homem” ia cruzar pelo Salão Paroquial da cidade. O homem era Leonel de Moura Brizola. Brizola não chegou a ser Presidente da República, algo que muitos lamentam e outros nem tanto, mas sem dúvida marcou seu nome na história do Brasil. Não adentrarei no mérito. Lembrei agora do Governador tão somente porque ele sempre fez questão de dizer que se a Rede Globo estava de um lado, sempre estaria do outro.

Um dos melhores jogos do Campeonato Brasileiro do ano de 2024, eu e mais de 43 mil Colorados tivemos a graça de vislumbrar no Gigante da Beira Rio, ontem, tarde/noite da quarta-feira do dia 30 de outubro. Só não foi melhor porque o “sistema” fez questão de mostrar quais são os seus “interésses”, como dizia Brizola. E estes parecem não contemplarem o Sport Club Internacional.

No primeiro tempo, após perdermos a primeira grande chance, sucumbimos para o bom time do Flamengo que, além de onze titulares tem outros tantos gozando do mesmo prestígio. No único pênalti marcado de um total de, no mínimo, quatro ao longo da partida, competente foi o time Carioca em lograr êxito para com a malfadada arbitragem e em converter em gol sua chance conferida.

No segundo tempo, Professor Roger colocou o time Colorado nos trilhos e a partir daí como diria o meu neto: “amassamos” eles. Não faltaram chances de colocar a bola na casinha e com ela vieram três faltas escandalosas a favor do Internacional dentro da área adversária, o que chamamos de pênalti – a meu ver até de concurso.

Só que aí restavam os “interesses” que não queriam ver do nosso Colorado vencendo a partida. Não à toa mandaram mais um estagiário soprar o apito num jogo nosso. Não à toa no VT que passou no começo da madrugada suprimiram os lances polêmicos a favor do Inter. Gosto do romantismo exalado pelo conceito que defendia Brizola, mas não posso deixar de amoldar a causa ao que diria o personagem famoso do Capitão Nascimento, ao final do jogo: “o sistema é foda parceiro”.

Naquela oportunidade um mundaréu de gente se aglomerava no Salão Paroquial da cidade à espera do candidato presidenciável; até mesmo adversários políticos queriam a chance de conhecer a lenda Leonel Brizola. Lenda, sim, afinal uns gostavam, muitos não, todavia todos respeitavam. Apareceu, conforme prometido, discursou para a emoção de alguns, mas não ficou para a janta que lhe prepararam, afinal, nem sua coragem tamanha detinha a força para encarar aquele arroz carreteiro que lhe cozinharam (em tese).

Os “interésses” nunca permitiram que Brizola alcançasse a Presidência da República. E estes mesmos “interesses” parece que não permitirão, uma vez mais, que possamos ao término deste moribundo Brasileirão superar a marca do tri e, enfim, tirar da garganta o empoeirado grito do tetra.

É possível que não vejamos ainda neste 2024 o tetra do Internacional, mas isso haverá de ser o nosso único e verdadeiro intento com a cruzada do ano vindouro. E como se uma nova campanha da Legalidade (no ideal do “nós contra eles”) surja e se transforme, não haveremos de “disparar o primeiro tiro”, porém, nos demais não erraremos pois haveremos de ser “bons atiradores”.

Contra os “interésses”, o sistema e contra tudo e contra todos, o tetra ainda triunfará. E nesse dia, se tiver a remota chance de ser apenas um sonho, parafraseando o grande L.F.Veríssimo: “não me acordem!“.

Vamos Inter, Vamo Inter… Seremos Campeões!

 

CURTAS         

– Professor Roger sucumbiu à tática adversária no primeiro tempo, mas recuperou-se com galhardia na segunda etapa;

– Parece que depois de muito tempo, finalmente, temos um treinador que sabe fazer leitura de jogo;

– Thiago Maia é um grande ser humano e um bom jogador. Mas, em campo, precisa ser menos “de lua”;

– Jogadores que vinham se destacando, ontem, estiveram em noite não tão feliz. Acontece;

– Justiça seja feita, Rômulo, Bernabei e Bruno Gomes mantiveram a linha alta;

– Contratado para ser um jogador de decisão, Enner Valencia decidiu, enfim. Que seja indício de um novo tempo;

– Justiça seja feita, igualmente, para Wanderson que, afinal, entrou em campo;

– Não tem mais bruxas no Beira Rio;

– Nem a noite tinha chego de verdade e o Gigante da Beira Rio detinha mais de 43 mil Colorados num jogo atrasado de quarta-feira. Ninguém nunca pode duvidar ou desmerecer da magnífica Torcida Colorada.

 

PERGUNTINHA

O sistema é “foda”, parceiro?

 

Vamos Inter, Vamo Inter… Seremos Campeões!

PACHECO

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