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Certa feita, por uma bobagem qualquer, eu e minha senhora nos separamos. A contenda não passou de alguns dias e o motivo era tão banal que se perguntar hoje em dia para ela, dirá que não fora nada relevante; e olha que ela e daquelas que não esquece de nada, um tanto quanto rancorosa para certas circunstâncias da vida.

Minha separação do Internacional que ora vem se refletindo em meu sumiço aqui do Blog Vermelho, a rigor, é tipo um breve aparte daquele que gente ama. Banal ou não, a verdade é que o destino cumprirá seu papel de juntar os apaixonados, afinal, o que o amor uniu, Deus não separa; ou não deixa separar, digamos. À exceção quando a morte nos alcança.

Estamos, nós Colorados, todos desalentados. Desanimados e, em alguns casos, irritados por apostar tanto e ganhar tão pouco. A verdade é que o Inter atual parece querer se afastar de seu povo. Eu que desisti de ir ao Gigante ao menos por este ano quase findo, já estou na fase que sequer assistir o time pela televisão estou conseguindo. O Inter cansa até mesmo a alma mais resiliente…

Só que ao mesmo tempo que estou puto da cara com o Inter, naqueles breves momentos de sobriedade, lembro que a relação com o Internacional é igualzinha aquela que temos com o amor de nossas vidas. E o que o amor uniu, Deus não deixa separar.

Cisma, destino, penitência ou sadomasoquismo… não sei! Só sei que eu não conseguirei deixar o Colorado e ele estará comigo até o fim. Então, ou brigo por ele ou vou morrendo aos poucos junto com o time.

Pois bem.

Por alguma razão que ainda desconheço, a vontade de vencer já não me parece uma tônica pelos lados do Beira Rio. Talvez o técnico saiba que vai embora e os jogadores já estejam num velório sem caixão; quem sabe o Presidente está se dando conta que a reeleição está escorregando de suas mãos. Não sei. Às vezes acho que tem coisa mais pesada, daquelas que a racionalidade não explica.

Tal qual a racionalidade e a lógica não explica porque bordoada atrás de bordoada seguimos aqui dialogando, xingando, esbravejando, para daqui a um dia e meio voltar a torcer para essa cachaça chamada Internacional.

Enfim, dei-me conta que a música da nossa torcida quando está falando de cachaça não é daquelas dos bons alambiques de Santo Antônio da Patrulha ou dos agora famosos de Ivoti. A cachaça é o próprio Internacional.

E o Internacional é daquelas cachaças mais ardentes. Mas, fazer o que… É amor e Deus não deixa separar.

Esse é o nosso destino e em destino já traçado outro rumo não surge no horizonte. Que o horizonte do Internacional, todavia, lhe aponte logo uma nova estrada à glória, menos sinuosa e com chão pavimentado, pois para nós torcedores, se a chegada é mesmo certo, parece que em verdade estamos no sentido errado do caminho.

Tua sorte é que é amor, Internacional. E que Deus não deixa separar…

 

CURTAS                                                                              

– No sentido da perspicácia e da esperança por um 2024, enfim, no rumo certo, a lógica diz que o nosso técnico tem de ser Eduardo Coudet. Mas não é por isso que devemos passar pano ao seu trabalho atual;

– Precisando e devendo ganhar em casa não se pode tirar um atacante, talvez o melhor na atualidade, para colocar um volante em campo;

– Aliás, o técnico Coudet tem deixado muito a desejar em matéria de leitura de jogo e quando mexe, tem feito mal;

– Sobre a história da imprensa, ainda que ache que ninguém esteja alheio à críticas, é uma vergonha a avacalhação que fazem não só com o treinador, mas como qualquer um que ouse não fazer como o “gaúcho gosta”. Afora que tem muito fogo (nada) amigo para derrubar a gestão atual;

– Sobre Dalbert e o ocorrido ontem: antes de qualquer coisa, me parece que a bola já vinha demonstrando que não serve. Todavia, o maior patrimônio do Clube é sua torcida e a torcida é soberana. Foi longe demais e não tem mais que jogar com nosso manto;

– Transformaram o Gigante da Beira Rio em terra de ninguém…;

– Reconheço que em matéria de administração e gestão o Clube parece ter encontrado um rumo. Mas com Barcellos no comando o futebol foi e está sendo um desastre e somos um clube de … futebol! O brabo é olhar pro lado e ver que na mesma matéria o seu oponente é tão ou mais inqualificável… Pobre Internacional!

 

PERGUNTINHA

Até quando nós torcedores seremos chacota do time do Inter?

 

Como diria o filósofo: vão ter que me engolir!

PACHECO

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