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Estou já há tanto tempo vivendo e convivendo ao lado da minha Senhora, a popular dona Mari, que já me perdi na conta do passar dos anos. Mas, posso afirmar que é coisa de uma vida inteira. A verdade é que o que Deus uniu nada separa, nem mesmo o fato dela nos primórdios torcer para o rival, condição esta que fora arrefecendo com a doença que atingiu seus filhos: o Coloradismo. Pelos filhos ela aprendeu a gostar do Internacional e até o Gigante muito frequentou ao nosso lado.

A vida, enfim, sorriu para ela.

Certa feita estávamos negociando a compra do nosso primeiro imóvel. Ela tinha uma noção de família diferente da minha, que sempre fui meio teatino pra coisa. Aquele negócio que parecia desenhado para nós, já com as chaves do imóvel em mãos – antes de assinar qualquer tipo de contrato ou realizar qualquer pagamento, começou a se mostrar arredio, eis que algumas bobagens surgiram e minaram a chance de sua concretização.

Daquelas “bobagens” que o destino coloca como obstáculo para nos alertar que “quem sabe não faz…”. E isso acontece muito para quem consegue enxergar os sinais da vida.

Recordo que no caminho de volta da reunião derradeira de encerramento das negociações, levando à casa de sua mãe, ela chorava copiosamente, pois tinha depositado tanta fé no começo da nossa família ali, naquele imóvel, que pensou que nosso destino também se encerrava com aquele negócio desfeito. Da minha parte, tratei de acalmá-la, pois, no fundo, sabia que melhores dias viriam pela frente e eu trataria de arrumar uma alternativa.

Ontem, na coletiva de apresentação do nosso novo camisa 19, Rafael Santos Borré, o “presi” Alessandro Barcellos comentou que na viagem feita lá atrás para contratar Valência e prospectar outros negócios, assistira a um jogo de Borré e concluíra ali que deveria buscar aquele jogador para o Maior do Sul. Não fora possível naquele momento, contudo uma semente restara plantada e pouco mais de ano depois, Borré participava do seu primeiro treino no Beira Rio e vestia (oficialmente) pela primeira vez a camisa alvirrubra do Sport Club Internacional.

O mesmo destino que coloca os obstáculos, vai abrindo as portas certas ao longo do caminho…

Pois a querida Danuza, uma colega de trabalho da repartição, ganhara um apartamento dos seus pais e não queria morar no local, dado o trauma de ter sido largada pelo seu noivo quase que as vésperas de subir ao altar. Ao que me consta é dona do imóvel até hoje e nunca dormiu uma noite sequer no local.

Convenci-lhe a me alugar, precinho camarada, pagava-lhe todo dia primeiro de cada mês em troca de um recibo simples. Dona Mari relutou de início, mas foi ali que começamos nossa família e residimos por dois anos de muitas conquistas e alegrias. E foi dali que partimos para o nosso primeiro imóvel próprio, onde nasceu nosso primeiro rebento, vieram os cachorros e tantas outras alegrias que a vida nos proporcionou e segue proporcionando.

A vida, enfim, sorriu para nós.

Pelo que percebi, a vida sorriu para Rafael Borré que, claramente, está feliz de estar aqui. Mais feliz ainda está sua esposa, aparentemente, e quando a mulher da gente está feliz, nada é capaz de estragar esta felicidade. Ouvi em algum lugar que Ana Caicedo carrega a alcunha carinhosa de ‘Anita’, nome marcado na história desse Rio Grande véio. Ó o destino…

A vida, enfim, sorriu para Anita e Rafael.

A vida, enfim, haverá de sorrir para toda a nossa Nação Colorada.

Eis o nosso destino!

 

CURTAS                                                                              

– Eduardo Chacho Coudet está alcançando a vida que todo treinador pediu a Deus: não saber quem escalar dada a qualidade de tantas opções;

– Mas não dá para entrar em campo achando que já ganhou. Respeito aos adversários é bom e todo mundo gosta;

– Prestei atenção na lata desse argentino que estamos trazendo. É a cara do Eros Perez;

– Também lateral esquerdo e nanico, veio sob as bênçãos do Figueroa, mas foi um desastre por aqui. Que Bernabei tenha muito mais sorte e sucesso;

– A questão do Anthoni vai muito além de si próprio, mas mais pelo fato que seu reserva é muito novo para aguentar o tirão. Logo, espero mesmo que anunciem um goleiro hoje;

– Perderam a oportunidade de apresentar Borré com a nova camisa que está para ser lançada daqui uns dias. Tivesse sido, sábado estariam vendendo o novo manto na Loja do Beira Rio mais que pão quente;

– Promessa de Gigante lotado e rugindo no sábado. Azar o deles;

– Aquele abraço afetuoso dentre o “Presi” e o Borré, ontem, só reforça a ideia do Coudet que todos, sem exceção, estamos ilusionados!

 

PERGUNTINHA

Estás preparado para ver a vida sorrindo pra ti, meu bom Colorado?

 

A vida a nos sorrir mostrará em breve o que é mesmo a felicidade!

PACHECO

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