VITÓRIA EM CASA

Considerava este um dos jogos mais importantes da temporada, por ser o primeiro em casa pelo Brasileirão, depois do título gaúcho e depois de dois empates fora (um pela libertadores) em que jogamos com um esquema diferente, usando linha de 5 para se defender.
O Cruzeiro não é um time ruim, é bem treinado, tem alguns bons jogadores e alguns medalhões que jogam pelo nome, era um jogo em que poderíamos ganhar.
Entrar com os titulares já foi um bom sinal, focando nos jogos em casa em que podemos ganhar com mais facilidade. Carbonero e Valência no time também foi bom indicativo de que Roger vê o desempenho, trocar Wesley de lado foi uma boa opção tática também, dando mais opções de movimentação para Alan Patrick.
O Inter mostrou que não ficou satisfeito com o Gauchão, pelo menos até agora, e esse fator anímico é que me levou a achar esse jogo muito importante, mesmo sendo segunda rodada apenas.
Não começou um jogo fácil, mesmo com o domínio do Inter. Anthoni falha, quando podia falhar, e teve sorte. Seguiu meio inseguro depois, fez boas saídas para fechar o ângulo, mas sentiu o erro infantil; espero que se recupere e tenha aprendido.
Rogel destoa do resto, não é zagueiro ruim, mas destoa muito, talvez por falta de ritmo e entrosamento, mas assusta em algumas ocasiões, embora tenha feito boas interceptações. Não sei como está Clayton, mas tenho receio de Rogel como primeira opção, e Kaique também merece uma chance.
Do meio para frente, o Inter foi seguro e articulado, e depois da justa expulsão, muito bem explicada por Carlos Simon e referendada pelo áudio do VAR, o Cruzeiro ficou perdido. Tanto pelo gol logo em seguida, como pela movimentação do Inter, que abusava das trocas de lado girando a bola com passes curtos, como pela troca de passes curtos.
O primeiro gol pela direita, em bela jogada finalizada por Alan Patrick, e o segundo pela esquerda, com Alan Patrick por lá novamente, em cruzamento que Valência mostrou explosão e jogada de centroavante.
O Inter poderia ter ampliado no primeiro tempo, levou um ou dois sustos em jogadas isoladas, uma delas em belo contra-ataque do Wanderson, mas o Cruzeiro não oferecia resistência e o Inter chegava com facilidade.
Na volta do intervalo, o Cruzeiro veio mais compacto, com um centroavante melhor que o anterior, mas ainda eram ataques de dois ou três contra cinco defensores, e o meio e ataque do Inter alternavam bolas longas e troca de passes. Ronaldo entrou bem na partida, não melhor que Fernando, aquele que rege o meio; mas fez um bom jogo, e adiciona vitalidade no meio. Precisa de lapidação ainda.
Poderíamos e deveríamos tem ampliado antes, gols perdidos dentro da área, Valência perdeu dois em boas jogadas de movimentação. Wesley e Carbonero também proporcionavam um certo apavoro em cada lance.
Roger promoveu estreias de Romero e Diego Rosa, e colocou Borré, entendendo que era um jogo que poucos riscos oferecia a partir dali, e a surpresa foi muito boa. Romero desfilou no meio para quem estreava, Diego Rosa foi seguro e objetivo (acho esse guri muito bom), e Borré, em excelente jogada, selou o jogo após grande lançamento de Romero. Espero que tenha retomado a confiança, vamos precisar de dois centroavantes.
O jogo clamava uma vitória e além disso o Inter mostrou mais elenco confiável, mesmo jogando contra 10.
Atribuo a polêmica da arbitragem à questão das LIGAS. Sempre teremos alvoroço da patrocinadora da Libra quando houver suposto erro, ou erro mesmo, em favor dos times da Liga Forte. Melhor nos acostumarmos.