4.5
(8)

Sem levar gol nos primeiros cinco minutos, o Inter fez sua partida mais tranquila na temporada, contra um time fraco, ou, pelos menos, que jogou pior que os adversários anteriores.

Mano mudou o time, sem Alemão, fazendo PH ingressar no time mais pelo meio, mas com alternância de posição, proporcionando as chegadas de Alan Patrick e Maurício.

Acredito que o diferencial foi Maurício ter participado do jogo, coisa que não fez nos anteriores. Lá pelo meio do primeiro tempo, Mano aproximou Maurício e Alan Patrick, e também De Pena, dando mais volume de jogo pelo meio, com quem estava no meio, e oferecendo alternativas dos dois lados.

O gol veio com a chuva forte, e um frango clássico, de um goleiro que evitou, pelo menos, mais 4 gols de finalizações certeiras e fortes.

Mesmo com o gol, o sistema de jogo do São Luis não mudou e o Inter seguiu com o seu jogo, ampliando em um pênalti um pouco forçado pelo PH, embora o contato tenha sido evidente.

Aliás, pênalti muito bem batido, novamente.

Claro que o Inter sentiu não ter o desafogo de uma referência na frente que consiga dominar a bola de costas para o adversário e jogar assim. PH tem qualidades, mas não é centroavante, nem tem cacoete de centroavante.

No último post, comentei que o Inter havia jogado como no ano passado somente a partir dos 40 do primeiro tempo, e por alguns 10 minutos no segundo tempo. Contra o São Luís, consegui ver o Inter do ano passado, com o controle do jogo, da bola e com paciência para mudar de lado e achar a melhor alternativa, assim como um time rápido na retomada da bola e que ataca em bloco. Mais jogadores na área adversária, mais opções para os passadores na frente da área adversária.

O placar refletiu esse modo de jogar.

Ainda acho que, contra times mais fracos, até podemos contar com De Pena mais seguro de volante, mas, contra adversários mais fortes, acho um desperdício de sua qualidade atuando perto das duas áreas, por isso não considero essa a formação ideal do Inter, com ou sem Alemão.

Não consigo ver em Johnny nosso primeiro volante, mesmo que o considere um bom jogador com um excelente passe. Creio que precisamos de um primeiro volante, e acho difícil que Mano jogue essa responsabilidade em Matheus Dias. Essa parece nossa contratação emergencial, se Baralhas não for esse jogador.

O restante são alternativas, Mano tem 11 ou 12 jogadores para o time titular, e uma gurizada para banco. Funciona para quem não tem grandes pretensões, de modo que a qualificação do elenco é necessária, para que não dependemos da loteria do aproveitamento dos guris, que, embora tenham dado conta do recado quando entraram, não podem, no primeiro ano, virar solução.

Vejam que, com PH e Wanderson de titulares, não temos nenhuma alternativa de velocidade pelos lados, já que Estevão e Lucas Ramos são jogadores de meio, e Maurício, que joga pelos lados, não é opção de velocidade. Por isso a qualificação do elenco é importante.

Lembrem que Mano jogava com Alemão como referência porque ele tinha capacidade de, se não reter a bola no ataque, pelo menos incomodar muito os zagueiros quando a bola era desafogada, e isso PH não sabe fazer, nem Wanderson, e não vimos Lucca ou Mikael fazerem.

Então, não se trata apenas de ter um outro atacante, mas de ter um atacante que jogue como Alemão e outro que jogue de forma diferente, para que não fiquemos reféns de um sistema de jogo só, ou ter que apostar todos os velocistas numa tacada só. E termos pelo menos um reserva para PH e Wanderson, mesmo que um seja reserva do outro, para termos três atacantes pelos lados.

Enfim, creio que Mano ainda tentará ajustes e alternativas para De Pena, Maurício e Alan Patrick, mas, com 3×0, já poderia ter usado todo o banco, principalmente Lara e Igor Gomes. Gauchão, embora ratifique que, esse ano, vejo como obrigação, é o momento para testar alternativas.

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