4.7
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Mais uma data FIFA sem futebol do time masculino profissional.

As gurias seguem em belíssima campanha na primeira Libertadores que participam, e passaram fácil pelo grupo da morte e quartas, agora é semi novamente, duas em Libertadores no mesmo ano.

Fico com o futebol da seleção, se é que dá pra chamar aquilo de futebol, pois mais parece o time do Neymar contra os inimigos da bola.

Golaço da Venezuela à parte, vimos um jogo de dois amontoados de jogadores, cada um dependendo mais de jogadas individuais do principal jogador do momento.

Como sei pouco da Venezuela, falo do Brasil, que mostrou pouco futebol coletivo, e uma subserviência ao Neymar que tira qualquer esperança de time de futebol comandado por Diniz.

Sim, Diniz não conseguiu ainda, e creio que não conseguirá, fazer da seleção um time. Não é fácil, nem todos conseguem, na verdade, muito poucos conseguem. E não falo de qualidade, e sim de organização e compreensão do que é jogar como um ente coletivo. Dunga conseguiu, Telê conseguiu, e não acho que Tite tenha conseguido. Diniz não chegou nem perto.

O jogo todo é um dos nossos jogadores procurando Neymar, e Neymar procurando fazer um gol de qualquer lugar. Profusão de jogadas individuais, tentativa de dribles a todo momento em qualquer lugar do campo.

Não sem explicação que o gol saiu de bola parada e a jogada mais clara de gol vem de Vinicius Jr com Rodrygo, que jogam no mesmo time. E, aos 45 minutos do primeiro tempo, a Venezuela atacou com cinco jogadores, contra 4 defensores brasileiros.

A pobreza tática é facilmente explicada pelo pouco tempo que Diniz teve para treinar. Não que ache Diniz um gênio, mas sim um treinador com um modelo de jogo que não é fácil de implantar, e que ainda não conseguiu se ver presente na seleção.

Quando Diniz foi chamado, provavelmente para ocupar o cargo de forma temporária, não achei ruim, pois se alguém é capaz de desfazer todo um trabalho para implementar um conceito novo, Diniz é recomendado, sendo bem claro que não acho que seu conceito de futebol deve ser aplicado na seleção, nem o acho um conceito e modelo de jogo bom para o futebol, mas se a ideia é preparar algo para Ancelotti chegar, o caminho é este mesmo.

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