QUANTIDADE
Outro jogo sem vitória no Brasileirão, e o Inter poderia ter feito o placar, já que o Goiás, mesmo com a série dos últimos jogos, é adversário a ser batido.
Não faltaram oportunidades, Tadeu fez, pelo menos, três defesas incríveis, em duas finalizações de Enner, e uma de Maurício. Aliás, imprescindível destacar a velocidade do Enner na finalização de joelho, milagrosamente defendida pelo Tadeu, que, como disse uma colega, vira o Neuer contra o Inter.
Também destaco que é o quarto jogo sem sofrer gols, mesmo contando com uma boa defesa do Rochet, antes vínhamos de uma série de jogos levando gol em todos eles.
O que achei que faltou ao time foi mais vontade de ganhar o jogo. O Inter não imprimiu intensidade em nenhum momento, mesmo quando ingressaram os “reservas”, simplesmente controlou o jogo com posse e sem esforço maior para fazer o placar.
Digo isso porque é nítida a diferença com o jogo do River, quando o Inter imprimiu velocidade e intensidade, tanto na marcação como no ataque, fazendo pressão no adversário. Sábado, o Goiás não foi “pressionado”.
Até entendo, difícil desligar o botão da Libertadores, e depois do que aconteceu com Vitão, não acho que os titulares vão se arriscar muito. Depois, também, da entrada criminosa no Endrick, punida levemente pelo Daronco, difícil que um jogador se arrisque tanto.
E isso ficou visível no clássico do Palmeiras, e também no jogo do Fluminense, que fez o resultado mas tomou um calorão do Fortaleza.
Os times que disputam a Libertadores estão visivelmente com o pé no freio, jogando o necessário.
Não vou dizer que é certo ou errado, é apenas uma constatação do que vi no final de semana.
Por outro lado, me envolvi em uma discussão sobre chutes e aproveitamento dos jogadores, e fiz uma observação: Alan Patrick tem chutado tão mal quanto Wanderson. Aí me responderam que Alan Patrick tem três vezes mais gols que Wanderson. Minha observação foi que Alan Patricck chuta três vezes mais que Wanderson.
Aí a ideia de quantidade. Conferi o jogo do Arsenal, que é um belo time, com Martinelli, a meu ver, titular em qualquer time do mundo. E vi Liverpool também. A quantidade de erros bizarros dos jogadores é grande. Saka não domina na área, Martinelli erra cruzamentos, e por aí vai, sem falar nas finalizações.
Só que a quantidade de tentativas é muito maior que nos jogos do Brasil (Fortaleza tentou muito contra o Flu), a quantidade de chutes é maior, de cruzamentos é maior, e talvez a proporção de acertos seja a mesma, só que a quantidade faz com que os acertos se mostrem no placar.
Creio que isso falta ao Inter, tentar mais, arriscar mais, mesmo que o chute seja bizarro, para a lateral, mascado ou como for, mas é um chute, uma finalização, e da quantidade vai aparecer o percentual de acerto.
O Inter de Coudet não finaliza tanto, controla mais o jogo, e parece que a defesa foi arrumada, agora é partir para o ataque, buscando mais conclusões, mesmo que imperfeitas, mas em maior quantidade. Minha impressão é que faremos mais gols, mesmo que com falhas dos goleiros, ou bolas desviadas. É gol igual.