PRÓXIMO
Não há partida mais importante no campeonato do que a próxima. Seja porque será contra um time que vem bem no segundo turno, seja porque é fora de casa, seja porque o gramado é diferente. Vencer o CAP é vital para ganharmos esse campeonato.
Foi assim contra o Bragantino, jogo vital, seja porque era depois de duas grandes vitórias e seria teste para o ânimo dos jogadores, já que o Red Bull não tem tanta tradição e os vencemos facilmente no primeiro turno, seja porque é o segundo melhor time do returno, seja porque jogaríamos com uma arbitragem pressionada.
E foi tudo isso. Bragantino não é time bobo, rodam a bola, são bem treinados e cheio de jogadores jovens com perfil bem definido.
Abel, antes do jogo, entregou a rapadura. Marcação alta se combate com jogo feio, chutão pela segunda ou terceira bola, e assim jogou o Inter.
Fez o gol relativamente cedo, com Patrick acertando dois belos chutes, um voleio e uma quase bicicleta, depois da furada de Praxedes. A bola veio do lateral, exorcizando o gol que também tomamos de lateral, contra o Fortaleza.
O empate veio na pressão que a arbitragem sofreu. Visivelmente impedido, o lance foi interpretado não como Moisés tentando cortar, mas tentando jogar, em avaliação completamente fora da realidade do jogo. Antes, Lomba tinha feito grande defesa em um chute desviado. Até porque o Bragantino não conseguia romper a barreira de marcação do Inter, bem recuada, e com Arthur bem marcado por Moisés. Esse mesmo que falhou no gol, essa bola não é para rosca.
Abel baixou a marcação em nível perigoso, mas de forma consciente. Não foi a primeira vez que o Inter fez isso depois de fazer gol, mas contra o Galo o treinador foi duramente criticado, mesmo sem levar gol.
A estratégia era matar o jogo no contra-ataque que não aconteceu. Caio Vidal foi bem marcado e Ortiz ficava sempre na sobra do Yuri Alberto. Bragantino atacava, mas pouco cedia a bola e o risco. O jogo se desenvolveu no meio campo. Mesmo após o empate, o Inter não mudou a estratégia e ficou no seu campo, tentando alguns bons arremates de fora da área, mas sem direção.
Lomba se movimentava de um lado para o outro, mas a bola não chegava com perigo, e os chutes de fora da área não tinham direção.
No segundo tempo, um pouco mais pra frente, mas com Marcos Guilherme, o Inter tentava mas evoluía pouco, até que em um lance meio despretensioso, veio o pênalti marcado pelo VAR. Incontestável que a bola bate no braço levantado, confessado pelo próprio jogador, desmantelando a bola na barriga e as pressões da arbitragem.
Novamente bem batido por Edenilson, o jogo se repetiu como antes, embora o Inter marcasse melhor e um pouco mais adiantado. Bragantino girava, girava, mas conseguia escanteios e chutes de longa distância, sem conseguir entrar na área.
Conseguiu uma vez, em belíssimo lançamento de calcanhar de Claudinho, favorecido por Lindoso não ter acompanhado, salvo pela saída certeira de Lomba. O Inter virou o coração na chuteira, em busca de mais uma vitória, organizado defensivamente, especulando no ataque. Leandro Fernandez entrou para marcar, assim como antes Jonnhy tinha substituído Praxedes reforçando a marcação, além de Praxedes ter levado cartão. O Red Bull girava, girava, mas não finalizava em gol, e a partida mais importante antes da próxima foi vencida, com direito a novo chororô dos comentaristas torcedores dos adversários.
Três pontos importantíssimos, novo record de vitórias na era dos pontos corridos, mas tudo o que importa agora é a próxima partida.