4.4
(8)

Desta vez consegui assistir ao jogo todo, o primeiro que vejo com Roger, e confesso que esperava bem menos.

Começamos desorganizados, quase um 4213, com marcação frouxa pelos lados, onde o Palmeiras fazia as jogadas. Logo depois do gol anulado por um fio de cabelo, em jogada pra lá de manjada, o time se acertou, passou a bloquear as jogadas do Palmeiras, e ainda construir jogadas pelos lados, com Wesley e Bustos. Gabriel demorou para entender a marcação e passou a orquestrar o meio, com ajuda de Bruno Henrique.

Veio o golaço em chute memorável sem nenhuma chance pro goleiro.

O Inter não se fechou, mas o Palmeiras sem centroavante pouco assustava, facilitando a vida de Vitão e Robert Renan, os dois quase sem combates diretos.

Não quero dizer que estava uma maravilha. Não gosto de um marcador atuando como um pinscher em churrasco, correndo atrás da bola onde ela vai, como fez Rômulo o jogo todo, e ainda por cima várias vezes pelo lado errado. Isso porque 3 no meio não sustentam uma marcação de um time que joga aproveitando a largura do campo, e  ficou evidente no segundo tempo.

Ainda perdemos gols que dariam mais tranquilidade ao time.

Muito interessante a movimentação de Borré e Valência, alternando os lados e Borré recuando como se fosse um armador das jogadas. A movimentação de Gabriel, pelo campo todo, também ajudava muito confundir a marcação dos bons zagueiros do Palmeiras. Valência era o encarregado de puxar a marcação mais para o fundo, abrindo espaços até para Bernabei. Todos sabem que o jogador do Inter a ser marcado é Valência, e isso permite que os demais cheguem com menos marcadores, e também que Wesley consiga fica no 1×1 mais vezes, onde tem levado vantagem.

O Inter poderia e deveria ter ampliado, mas segue nossa sina de fazer apenas um gol por jogo, mesmo criando chances.

No Intervalo, Roger comete um grande erro, trocando Borré por Lucca.  E não é uma crítica ao Lucca. Não sei o motivo da saída de Borré, mas o ingresso de jogador com caraterísticas totalmente diferentes fez com que o time mudasse a forma de jogar, sendo que o Palmeiras fez trocas para se tornar mais ofensivo e mais agudo. Além disso, Abel fez o time usar toda a extensão lateral do campo, sabendo que a marcação do Inter estava com apenas 3. Aí vimos Bruno Henrique chegar à exaustão, e Rômulo correr de um lado para outro. Os laterais ficaram mais presos e o Inter passou a apostar nos contra-ataques, todos desperdiçados.

Acredito que a melhor solução com a saída de Borré era Gustavo Prado, que sabe fazer a função de flutuar no meio, jogando pelos dois lados, assim como fecharia o meio com 4 marcadores, deixando a velocidade para Valência e Wesley, sem contar que sabe puxar contra-ataques, como fez quando entrou.

Roger também demorou para trocar Bruno Henrique, e não sei o que queria quando colocou Hyoran no time, uma contratação que deu errado e não merece insistência. Hyoran nem jogou no meio, nem jogou no ataque, e tirar Gabriel foi outro erro. Mesmo trocando um Bruno Henrique cansado, manteve o modelo de marcação, sendo visível que o Palmeiras passou a jogar com um armador entre os zagueiros e volantes, sem que Roger procurasse bloquear isso.

Contudo, mesmo que poucos tenham falado no assunto, fico assustado com a número grande de falhas de Robert Renan, além da falha no gol, entregou outras duas oportunidades, vacilou junto com Rômulo esperando o chutão quicar e segue afastando parcialmente as bolas aéreas. No gol do Palmeiras, afasta a boa de forma ridícula.

De qualquer forma, não foi o resultado esperado, mas o Inter jogou mais do que eu esperava. Precisamos contratar zagueiros e um lateral direito, pelo menos. Com esse modelo do Roger, de saída pelos lados, o zagueiro não precisa ser construtor, e aí o Inter precisa de um xerifão.

Ainda, precisamos ter a volta de Fernando e T Maia com urgência, mesmo que jogue apenas um.

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