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Antes de mais nada, Feliz 2019 a todos os participantes do blog, que tenhamos um ano de muita paz e alegrias, e grandes emoções com nosso time.

Dito isso, a formação do time não inspira muita confiança para uma temporada de sucesso, como também aconteceu em 2018. E não há nenhuma perspectiva que melhore com alguma boa contratação.

Contando com esse pessimismo, fiz uma pequena digressão de nossas duas Libertadores anteriores, não com uma comparação entre atletas, pois é inegável que o título elevou o patamar de alguns.

Assim, fazendo um pequeno exercício de memória, quem era Ceará, Wellington e até mesmo Indio? Mesmo nosso grande ídolo Fernandão, estava obscurecido na Europa. Alex não era um jogador festejado quando veio, e era lateral esquerdo. Clemer veio fácil, sem a fleuma de um grande goleiro. Sim, Iarley tinha currículo, Eller nem tanto.

Tinhamos Tinga, e???? Sóbis era um guri ainda pouco afirmado, enfim, a campanha de 2005 foi alvissareira, mas nada de jogador excepcional contratado.

2010 foi diferente, sem dúvida, com jogadores mais afirmados, mas a salvação veio por Giuliano, Damião, Taison, e até Andrezinho.

Onde quero chegar é que um time pode funcionar mesmo sem grife de jogadores de seleção, e isso é um clichê bem comum no meio futebolístico, sempre seguido da lembrança de Bangu e Coritiba.

Clichês costumam dar certo, por isso a caracterização, e não vejo problemas na penúria em que atravessamos tentar jogadores como Neílton e Lindoso, ou Galdezani. Vejo problemas em achar que esses jogadores irão driblar 4 ou 5 adversários e fazer gols salvadores. Vejo problemas em pensar que a base de 2018 foi acrescida com esses nomes, e assim trilhar o caminho da esperança.

Vejo um grande problema achar que Sóbis é talismã, que sua presença evoca bons fluidos, e deixar de pensar que temos um time para construir.

Fico preocupado com o pensamento mágico da manutenção de uma base que foi terceiro lugar no Brasileirão, pouco diferente do vice de 2005, mas só no número, pois o futebol é muito diferente.

Penso que seria mais fácil tratar da penúria financeira como uma realidade, e não como uma desculpa velada, enfeitando jogadores médios e obscuros com números ou  vídeos esporádicos. Talvez fosse melhor dizer que é o que a casa pode oferecer no momento, depois de alguns anos de desvarios financeiros, em vez de flertar com Taison e Luís Adriano.

E focar no time, no clichê do grupo.

Contudo é importante lembrar que as jornadas de sucesso apresentavam guris em campo. Pato e Luís Adriano voavam, mesmo sem a titularidade, puxavam os titulares pra cima. Giuliano, Taison e Damião também jogavam, ainda que com menor frequência do que deveriam.

Esse ano temos os bem falados Sarrafiore, Richard, Nonato e Ramon, mais Pedro Lucas e Netto, e um lateral direito que parece promissor, Heitor.

Mas no banco, nunca mostrarão nada.

Então não adianta nos iludirmos com nomes mais caros, nem desviarmos o foco para talismãs e pensamentos mágicos, em tempos de penúria, temos que tirar tudo do pouco que temos.

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