NADA VAI NOS SEPARAR
Com tempo, sem futebol, teletrabalho e hells office, sendo professor de ensino fundamental em casa, dá pra pensar no nosso último lema: Nada vai nos separar.
Muito bem adotado, muito bem posto, muito boa a troca. É muito mais identificado com o que um clube deve ser, com o que um time de futebol é.
Tirando algumas exceções, um time não existe se não for para sua torcida, um clube não é nada sem seus associados. Vejam o próprio Botafogo, que sobrevive com sua torcida pequena, mas fanática, e mesmo o Vasco, que titubeia no futebol mas exibe um grande número de vascaínos em todo o Brasil.
Aqui, somos fortes, apaixonados, fiéis, barulhentos, criativos, sobretudo, torcedores. Na mesma medida nos irritamos e deliramos, dependendo de que lado é o gol.
O Beira- Rio ruge, os caminhos viram ruas de fogo, e o vermelho toma conta da cidade em alegria e luzes.
O caminho é esse, nada deve separar o time, o clube, de sua enlouquecida torcida, que ama e odeia jogadores, treinadores e dirigentes, mas que nunca deve estar separada de seu clube, do escudo do seu time.
É muito mais Inter, o clube do povo, o celeiro de ases, cujo maior ídolo carregava tijolos na construção de seu estádio, cujo maior zagueiro diz que sua maior conquista foi ser amado por uma torcida rubra.
Chega de ser isso ou aquilo, como alguns arrogantes clubes ostentam e acham maravilhoso, ainda que passem mais tempo em cemitérios do que em pódios.
Acho que já avançamos dessa arrogância , e nos jogamos de volta aos braços e gritos de nossos torcedores, nada vai nos separar, somos todos seus seguidores.
Esse recado escolhido pelos dirigentes deve estar estampado em cada porta do clube, em cada cartão estendido aos empresários. Nosso clube e nossa torcida são nossos alvos, nossa meta, é tudo pra eles, ou nem entre.
Em cada negócio, essa é a prioridade, pois são pra eles os títulos, as eliminações, as vitórias, os gols, as jogadas maravilhosas que não foram gols. Se não é isso, procure o Red Bull.
Nada vai nos separar, nem os erros que nos rebaixaram, se foram em campo, se por deficiências, mas serão alijados aqueles que esqueceram o motivo de estarem ali. Nesses casos, a separação é definitiva.
A nossos jogadores, o Inter não é um caminho, uma passagem, e sim uma finalidade. Ou quer ser abraçado e lembrado, talvez idolatrado, ou não venha. Se quer dinheiro, projeção, uma escada ou degrau, procure o Red Bull.
Nada vai nos separar é para os 111 anos passados, e tantos ou mais no futuro, que fique impregnado em cada coração colorado, nascido ou transformado, que seja presente em todos os ditos que virão.
Parabéns colorados.