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Tempos tranquilos, time definido, entra Alemão, joga Gurierrez, Guto extremamente conservador, sem ousadia, mas já tinha demonstrado que era assim em outros jogos. Surpresa seria um esquema mais ofensivo, algum jogador diferente ou mesmo uma troca do 4141, já que jogaremos contra o Náutico cambaleante.

Guto segue a tese da repetição, da consolidação. Não posso carregar nas críticas, estamos em segundo na tabela, mesmo com um jogo a menos, e alguns times reagem e encostam no g4. O marasmo fica por conta da superioridade até então demonstrada, com pequeno vacilo contra o Juventude, que também pode ser explicado pela falta contínua de pontaria do Damião.

Vejo nos colorados um semblante positivo, não há receio, parece que o time encaixou, se achou e encontrou uma forma de jogar que tem sido eficiente para a série B, que, afinal, é a que disputamos. O título nem é tão importante quanto à subida.

Mas o cartão do D’Ale reascendeu uma discussão que é recorrente, e talvez não tão forte na série B, onde o título se divide em 4.

Poupar contra adversários diretos ou contra os mais fracos. Claro, partindo da ideia de poupar, seja pelo risco de lesões, seja pelo risco de cartões.

Sempre defendi, na série A, o modelo Luxemburgo, de adversários de 6 pontos e não jogos de 6 pontos. Nessa ideia, os adversários mais fracos têm que render 6 pontos nos dois confrontos, e, na série A, normalmente são 10 adversários com menos poder de fogo que os candidatos ao título.

Isso renderia 60 pontos, e os pontos restantes para o título viriam de confrontos com os outros 9 times, sendo mais do que razoável contabilizar 10 pontos em 18 jogos, atingindo pontuação que levaria ao título sem grandes preocupações.

O outro modelo são os jogos de 6 pontos, em que a vitória impediria que o adversário direto, os, digamos, 6 a 8 candidatos no início do campeonato, se consolidassem como efetivos candidatos.

No primeiro modelo, força máxima contra os mais fracos, foco total, cobrança em vencer fora de casa (até hoje tento entender os motivos do jogo fora ser mais complicado, mas fico com as estatísticas) e time sempre completo. Para os demais 18 jogos, poupar por cartões ou risco de lesões (quando for este o planejamento, já que poupar é figurinha carimbada em 99% dos times brasileiros), jogar mais solto, aproveitando as oportunidades do jogo de iguais.

O segundo modelo é o inverso.

Estatisticamente, já tivemos campeões que venceram mais os mais fracos, e campeões que venceram mais os teoricamente mais fortes, não há histórico conclusivo sobre isso que aponte ser melhor uma ou outra teoria, por isso sigo com a minha, de adversários de 6 pontos.

Essa ideia, contudo, fica um pouco perdida na série B, onde há uma evidente desigualdade, ainda que, analisando a tabela, não esteja tão evidente assim, ao que atribuo a um início muito ruim do Inter. Tenho, hoje, essa superioridade como fato. Assim, não há propriamente 9 adversários em pé de igualdade, de modo que a conta poderia ser outra.

Desde o início, defendi que série B é campeonato para se “ganhar” em casa, priorizando os jogos em gramado melhor, com casa cheia, onde a torcida deveria fazer mais pressão sobre jogadores com menos experiência. Cheguei até a dizer que D’Ale deveria jogar só no Beira-Rio, mas isso foi antes de ver seu preparo físico superior ao Sasha.

Não entendo de preparação, não entendo de continuidade de preparação, muito menos tenho os dados dos jogadores do Inter, os dados fisiológicos que apontam a necessidade ou não de descanso, de risco de lesões. Apenas assisto aos jogos e tiro minhas conclusões sobre o desempenho físico de cada um.

Por isso, neste debate recorrente de qual modelo seguir, de, quando a escolha for por poupar jogadores, privilegiar o descanso contra os grande ou contra os teoricamente mais fracos, na série B vou endossar minha teoria, se é para não ter o time completo em algumas oportunidades, que seja fora de casa.

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