4.7
(18)

Não era jogo pra jogar, era jogo pra ganhar, e ganhamos.

Eu acreditava que iríamos sacrificar esse jogo, e focar nos últimos 3, mas os resultados dos jogos anteriores penso que fizeram o time mudar de ideia.

Muito embora até o gol de pênalti o time estava bem mole, perdendo divididas, entrando sem muita vontade. Não recordo bem se foi o gol ou uma disputa de bola com o Bruno Henrique, ou uma falta que Wanderson faz pela direita depois de um escanteio, mas houve uma virada de chave na partida, e o time passou a jogar com mais vontade.

O gol saiu em contra-ataque, já tínhamos um ou dois anteriores, e tivemos um ou dois depois, onde poderíamos ter ampliado. Mas é o Inter, e tenho dúvidas se placar de 2×0 não atiraria o jogo nas cordas até o Bragantino fazer um.

O fato é que, depois do gol, ou pouco antes, o time começou a encorpar o meio e assustou um pouco a gurizada red bull. Mesmo sem tomar conta do jogo em nenhum momento, o Inter montou um bloqueio nas laterais e o Bragantino ficou com poucas opções além do chute de fora da área. Creio que Rochet tem uma defesa de chute de dentro da área.

Coudet não viu o segundo tempo contra o Flamengo, quando Tite explorou o lado esquerdo do red bull, já que Capixaba, vejam só, é o organizador do time e que toma todas as iniciativas, girando a bola de uma lateral para outra com grande frequência. Penso que Lucca deveria ter jogado mais ali, combinando com Maurício e Bustos. Coudet em determinado momento chegou a inverter Valência, mas muito pouco tempo. Por ali que o Bragantino organizava o time.

Com a vantagem, no segundo tempo, sem Valência para preocupar os zagueiros, o Bragantino adiantou, jogou no campo do Inter, mas não conseguia finalizar. É um time com bons dribladores, e tem bons chutadores, mas a marcação do Inter pouquíssimas vezes deixou algum jogador no mano-a-mano, e a preparação para o chute sempre tinha alguém incomodando, mesmo com a frente da área pouco protegida.

Lucca não foi bem na parte técnica, embora tenha tido muita entrega, estava perdido no posicionamento, alvo de reclamações dos companheiros o tempo todo por isso, e de Coudet também, que conversou com ele umas duas vezes durante a partida. E pareceu mais lento.

Valência foi decisivo, novamente, e já tinha mostrado que um zagueiro só não conseguiria marcá-lo. Foi uma grande perda no segundo tempo, já que L A nada produziu, e ainda errou passes curtos.

A defesa toda, e Johnny, foram muito bem, seguros, mesmo com a saída de Vitão. Igor Gomes assusta um pouco, mas fez uma boa partida entrando na fogueira.

Bruno Henrique entrou em outra rotação, novamente, mas acordou em determinado momento, com o resto do time, e passou a ser mais aguerrido, embora tenha desperdiçado uns dois passes bem decisivos.  Quando precisou se defender mais, principalmente com Maurício cansado, Coudet reforçou a zaga e o meio, e praticamente abdicou de velocidade e controle de bola.

Maurício também demorou um tempo para acertar o posicionamento, principalmente com Lucca; o time estava jogando diferente, e não se achava em campo. Quando se entenderam, melhorou, mas cansou no segundo tempo.

Os três pontos devem dar mais tranquilidade ao time para os últimos três jogos, sem a pressão da imprensa também, que via o jogo de ontem como definidor do ano de 2024, e muitos colorados estavam caindo nessa.

Ainda, o título feminino, na casa da OAS, em gramado pior que o areião da redenção, coroou um domingo colorado.

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