Inter x Náutico
Minha esperança na série B era desenvolver um futebol diferente do que nos levou à queda, mas não é o que está acontecendo.
Estamos vendo a repetição de um filme do ano passado, contra adversários mais fracos dessa vez, e o jogo contra o Náutico foi exemplo disso.
Pressão inicial, fôlego e gol, em jogada individual (embora o gol anulado tenha sido jogada tramada) com cruzamento na área.
É clara a opção pelo individualismo, pelo ganho pessoal. Até o esquema que está mais para 424 do que 4231 evidência isso. Não precisa de meia habilidoso, mas de atacantes rápidos e com força física, que, mesmo isolados, podem ganhar de dois zagueiros.
O futebo, do Inter tem cara de B mesmo, apostando em individualidades melhores que as do adversário, não em um futebol melhor.
Dá pra subir assim, não sei se consegue se manter, mas isso é outra história.
Voltando ao jogo, pressão e gol, depois o arrefecimento, os espaços, o crescimento do adversário, e levamos o gol.
A desorganização é evidente quando Carlos é o marcador do jogador mais habilidoso do adversário, que não é um lateral, mas meia avançado, mesmo sendo do glorioso Náutico, que vive sua pior fase.
O retorno ao segundo tempo veio com mais força física no ataque; esqueça habilidade. Pênaltis em profusão e poucas jogadas em que trocamos passes no campo adversário. E novo recuo, nova acomodação, ainda que o resultado e a expulsão do adversário possibilitassem o comportamento, e uma falha do Edenilson fez o time precisar manter um pouco de ímpeto.
Parece que Guto prepara Juan, no pior estilo, substituindo Dale, e não com ele. Alguns vão ressaltar individualidades que recuso citar, e lembro que era o Náutico, em sua pior fase, e fez dois gols. Até Cirino marcou o seu, depois de um pênalti infantilmente batido, com pose de Neymar.
Ha quem diga que faltam pernas, o que parece claro nos finas das etapas do jogo, mas acho que o furo é mais embaixo, estamos sem vontade.