Mauro Loch

FIM DE ANO – FÉRIAS – FIM DE TESES

4.5
(11)

Depois da derrota para o Flamengo, já sem chances de título, o Inter jogou duas partidas de forma diferente do usual.

Meu receio inicial com Roger era ele querer fazer o que não sabe, tendo um elenco com bons jogadores, tentar jogar em esquema diferente do que ele conhece e aplica bem.

Mas não posso reclamar de Roger ter tentado jogar diferente, pois sou defensor que o time precisa ter um esquema básico e utilizar na maioria dos jogos, e ter outro alternativo, para partidas em que o básico não funcionar.

Roger tentou jogar com 3 e 2 atacantes, e não conseguiu. Talvez pela falta de treinos, talvez pela falta de jogadores que se adaptem ao esquema, mas o fato é que o Inter, principalmente ontem, não foi bem taticamente.

Isso não significa nenhum tipo de terra arrasada ou algo como não serve para o Inter, o time estava de férias desde o jogo contra o Fla, e a vontade contra o Botafogo credito ao jogo com  torcida, em casa, se despedindo do ano.

Mas também é fato que ontem o time foi mal montado, mal distribuído em campo, com jogadores batendo cabeça nos espaços, e outros vazios desocupados.

Os gols vieram de falhas bisonhas, a de Rochet, a dupla falha de Clayton e Bruno Gomes, e depois de Clayton, a menor de todas. Nossas individualidades foram mal; Bernabei foi completamente envolvido pelo ciscador Marinho, Bruno Henrique e Rômulo se atrapalharam nas coberturas, Valência foi mal sempre que buscou a bola, e Tabata errou, novamente, um gol que não pode errar.

Outra coisa que não entendo, é a mania de colocar jogadores com o pé invertido. Prado sempre foi bem jogando pela direita, mesmo que nunca tenha começado bem um jogo, e não consigo compreender essa insistência. E se era pra começar jogando com um meia de pé invertido, porque não Gabriel?

Mas, repito, era jogo para testes, não dá para criticar as tentativas.

E, com os testes, já sabemos que precisaremos de reforços para o ano que vem, mesmo sem considerar as saídas.

Aí a zaga precisa de reforço, titulares, e precisamos de dois 8, como jogava o Aranguiz em seus bons tempos. Com a notícia de que Zé Rafael não renovará com o Palmeiras, parece uma boa sugestão, e o Erick do Furacão também parece bom jogador para a posição.

Se confirmadas as saídas de Bruno Gomes, Rômulo, Bernabei e Wesley, aí a reposição é de titulares. Independentemente da saída de Wesley, olharia o Cuello (acho que é isso) do Furacão também, que tem drible e finalização.

Acredito que a zaga seja prioridade, principalmente com a saída de Vitão, mas não podemos nos descuidar do meio, onde perdemos vários jogos esse ano.

De resto, aguardar 2025 sem futebol, ficando com as especulações dos empresários e setoristas, jornalistas ou não. 2024 foi um ano de fim de teses, a principal é se espelhar na administração do Athlético, bem incensada, mas que ruiu quando precisou ser efetiva e encontrou o rebaixamento no centenário.

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