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Bem, na escalada de pontos, já temos no returno mais que no turno, embora, quantitativamente, não seja de impressionar. E, se queremos o título, ficamos atrás do campeão por mais de um  ponto, de modo que o empate não é suficiente.

Não só isso, a ideia de que o empate é um bom resultado pode conduzir o ânimo de novo ao conforto de não esperar muito porque saímos do rebaixamento.

Mantenho a ideia de que o Inter tem para oferecer isso que vimos ontem, mesmo contra um Cruzeiro descaracterizado, mas um bom time, que marcou muito bem.

O Inter, parece, vai manter esse esquema seja qual for o jogo,  e especulará pontos e gols contra times fortes, e tentará encurralar os times fracos. Mesmo que não goste deste esquema e deste plano de jogo, é o que a casa oferece.

Contudo, dentro deste planejamento, as oportunidades claras não podem ser desperdiçadas como foram. Desperdício eu chamo a bola do Pottker, e aqui pouco interessa que tenha sido jogada individual, pois, na frente do gol, na pequena área, o goleiro pode defender, bater em um zagueiro, mas não é admissível que erre das redes, como aconteceu.

Embora sem a mesma contundência, o cabeceio do Edenilson e do Damião seguem a mesma lógica. Por mais que Fábio seja um excelente goleiro, só será testado se a bola for em direção às redes e não passando pelo lado do gol.

Outro desperdício é um contra-ataque de 5 contra 4 ser afunilado pelo meio e resultar em um chute de fora da área sem direção, ou a pouca boa vontade do Pottker em correr com a bola já no final do jogo.

Um time que quer ser campeão, como tem alardeado, precisa arriscar, mas, sobretudo, não pode errar nos raros momentos em que tem a chance de mudar o placar. Entendo perfeitamente, com os jogadores que temos, passar 90 minutos sem criar uma chance real de estufar as redes, e excluo a bola parada; mas não é possível no momento em que cria a chance, ainda que por erro do adversário, deixar de converter por pura imperícia de seus bem pagos jogadores.

Sei perfeitamente que o erro é parte do jogo, que se todos os jogadores fossem perfeitos, haveria um maior número de 0x0 nos placares, mas isso é o que diferencia os times sem pretensões, que buscam apenas vagas, daqueles que pretendem ser campeões.

O maior problema que vejo é a falta de opções. Não temos, pelo menos relacionado, um jogador que possa alterar o rumo do jogo. Sarrafiore ainda não estreou, assim como Richard, e seguimos na dúvida quanto à capacidade de ambos.

Rossi, que tem, pelo menos, incendiado os jogos, e foi responsável pelo gol contra o Corinthians e 2/3 do último gol do Patrick, também amargou o banco. Damião é esforçado e fez uma excelente antecipação no cabeceio, no também excelente cruzamento do Fabiano, mas não me parece que acrescenta muito em relação ao J. Alvez, então nos falta alguma coisa para mudar um jogo.

Agora é um Flamengo desfalcado, em início de crise, sem seus melhores jogadores, e o Inter com necessidade de ganhar.

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