Copinha
Na falta do profissional, ficamos com a copinha.
Se não me engano, são 128 times, atualmente muitos patrocinados por empresários com a única finalidade de jogar o torneio. A copinha tem a fama de revelar talentos, mas não é mais o único torneio onde a gurizada se apresenta, embora ainda seja o mais famoso.
De qualquer forma, é onde se pode ver jovens que buscam o funil do profissional, e sempre foi considerado um degrau.
Curiosamente, o maior campeão em número de títulos, o Corinthians, é um pouco avesso a integrar os guris no time profissional. ultimamente, tem buscado jogadores no paulista, preterindo a sua base.
Até o momento, muitas críticas, aqui no blog, ao time do Inter, apesar do aproveitamento e das duas goleadas nas eliminatórias. No último confronto, eliminou, por 4×0, o time que passou pelo galo mineiro, outro frequentador de finais e semifinais dos torneios da base.
Nosso próximo adversário é o Santos, que, nos aspirantes, estava com 100% até a final, e perdeu as duas para o Inter. Acho esse time do Santos mais organizado que o do Inter, e tem um meia que será integrado ao grupo principal imediatamente.
Mas o Inter não é de todo ruim. O goleiro é um destaque, mas foi dispensado pelo Flamengo há dois anos e passa por recondicionamento técnico no Inter. Deixou na reserva o bom Feijão. Pegou dois pênaltis de forma sensacional contra o XV, mas tem grama para amassar ainda.
Do que vi ate agora, gostei do Neto, camisa 7, e Brenner, o 9. O destaque da mídia é para Richard, o 10,de boa movimentação e bom passe, e acertou um bom chute nas eliminatórias. Pedro Lucas, apesar da reserva, também chama atenção.
O grande problema é o funil dos profissionais. Lá estão Fernandinho, o habilidoso meia dos aspirantes, Ronald e Marcinho, este com experiência entre profissionais, e Ramon, um meia de movimentação, além do Joanderson.
O Santos tem uma recente tradição de revelar mais guris, e, pelo que observo, os guris jogam no time principal, com os profissionais. No Inter, os guris são aproveitados com time misto, ou só de guris, e a queimação rola solta, com 45 minutos e uma substituição. Assim foi, neste 2017, com Charles, Valdemir, Mossoró, Joanderson e Jefferson, e até mesmo Juan, embora tenha jogado mais. Charles começou bem, mas um tempo ruim no grenal o fez esquecido.
Dificil dizer se um destes todos citados vai vingar, ou se tornar titular ou render uma boa venda, mas é certo que já tivemos tempos melhores de aproveitamento de nossa base, e, da forma como está, tratando ora como salvadores da pátria ora como vestibulandos em 45 minutos de testes, não tem dado certo.
Nao espero que a base revele 11 titulares por temporada, mas não consigo entender não formar, pelo menos, um lateral a cada dois anos, e um meia a cada 5.
Ainda que o clube os consiga produzir, como fez com Goulart e Lucas Lima, de nada adianta não aproveitá-los, e essa tem sido a tônica da base.