Mauro Loch

COPA DIA 5 – A COPA E OS GÊNIOS

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Gosto muito de física, onde penso estarem nossos maiores gênios da ciência, e pelos esclarecimentos que essa matéria traz a partir de experiências empíricas. É a física que nos diz que a menor distância entre Londres e Nova Iorque não é uma linha reta, que a imagem do espelho não é idêntica ao que reflete, e que o tempo do térreo não é igual ao do 10º andar.

Mesmo com gênios da estirpe de Einsten, ainda não viajamos no tempo, e teletransporte ainda é uma música do Nei Lisboa. Gênios não conseguem tudo o que é possível.

O mesmo vale para o futebol, nem sempre os gênios conseguem tudo o que é possível.

Sim, ganhar um jogo “sozinho” é possível, e em copas do mundo; isso já aconteceu, normalmente pelos pés de gênios da bola.

Nesta, temos 3 ou 4, Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar e vou inserir Salah e Griezmann com uma certa dose de generosidade. Talvez esteja esquecendo alguém.

Essa copa não é dos gênios, é dos treinadores que barrarão os gênios, porque, mesmo sendo possível, dificilmente esses gênios entrarão a dribles em defesas bem armadas e compactas, friamente colocadas para impedir, no terceiro homem, a jogada genial dos donos da bola.

Até agora levou vantagem aquele que menos fica com a bola, Cristiano Ronaldo, talvez por isso.

Há um certo tempo atrás, disse que Dunga arrumou a seleção, pouco antes de ser demitido, quando tirou a bola do Neymar, e o colocou como último homem, da finalização. As jogadas fluíam mais, havia um time e não um jogador responsável por todas as jogadas.

Tite veio e transformou um Neymar fominha em um jogador para a seleção, isso nas eliminatórias, isso antes de seu rival Cristiano Ronaldo, na guerra pelo título de melhor do mundo, fazer três gols em um jogo e ser celebrado pela imprensa mundial.

Neymar jogou como jogava com Dunga no começo, sozinho, fominha, estrela; nem mesmo com Marcelo fez grandes jogadas, e o Brasil empatou sem muito brilho e chorando pelo VAR. O empate não é de todo ruim, o choro é patético.

Tite foi Tite, não dá pra esperar que bananeira dê laranjas. Trocou um volante por outro, depois um volante que joga como meia por um meia que joga como volante, e um atacante por outro.

Antes, vimos a Alemanha perder seu jogo para uma arapuca montada por Osório, que, segundo o narrador, estaria por ser demitido logo após a Copa.

A Alemanha quis o gol todo o tempo, foi atrás e se arriscou; em alguns momentos, se defendeu sem laterais, apenas com dois zagueiros, perdeu e poderia ter perdido por mais, mas foi um time que ousou para mudar um resultado.

Tite foi cauteloso, porque Tite é cauteloso, joga com 3 partidas, e uma de cada vez. Era pra jogar alguém no lugar do William, que foi mal, embora bom jogador, era pra ter tirado a bola do Neymar, mas não conseguiu, e acho que não conseguirá, e vai ouvir um “eu avisei” do Dunga e Felipão. Firmino deveria ter entrado antes. Renato Augusto não deveria ter entrado, nem Jesus deveria ter saído. Mas é a cara do Tite.

Neymar é gênio porque é um excepcional jogador, faz coisas com a bola que poucos ou quase ninguém consegue, e tem a condição de mudar de direção e parar em velocidade que é única nesse jogador, mas tem a excentricidade também comum aos gênios, e a dele é ser fominha.

Tudo isso antes de dizer que é a primeira rodada, do nervosismo, Copa do Mundo não é eliminatórias, só acontece de 4 em 4 anos, nem Champions é, que tem todo ano; Copa do Mundo é a maravilha do futebol, onde os grandes craques se encontram, mesmo que seus times sejam medíocres; é onde o ego cresce e todos os ângulos são filmados e reprisados, é onde os gênios se revelam superiores, principalmente quando não jogam sozinhos.

p.s.: Inter: querem vender Iago. Talvez o salário de 3 ou 4 nabas contratadas, pelo tempo do contrato, seja bem menor que o valor da venda, e voltaremos a peleia da má administração que gera má administração, que mexe no time nos lugares errados, na hora errada.

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