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Nesta época do ano é o momento de olhar para trás e ver o que aconteceu durante o ano, como naquela velha canção, “remoo as coisas que penso para ver o que mereço”. Pode ser um pouco adiantado, mas saio de férias e não sei se haverá internet onde estarei.

Isso deveria ser um exercício obrigatório aos dirigentes, mas lá por agosto, quando deveriam pensar no ano seguinte.

Bem, começamos o ano com um time cheio de apostas, inclusive nosso treinador, que sucumbiu a Paulão e Ernando, e fez a vontade de dirigentes/empresários escalando jogadores em posições equivocadas.

O time de Zago tem uma única partida boa contra o Corinthians, se somados dois tempos nos 180 minutos do enfrentamento, e 20 minutos exemplares no grenal, mas não resistiu escalar Anselmo no meio da roda em que pôs o grêmio, empatou o jogo e perdeu o futebol.

Caiu logo em seguida após uma apresentação vexatória no brasileiro, depois de conseguir a façanha de perder o gauchão.

Hellmans assumiu e o Inter fez sua melhor partida do ano contra o Palmeiras. Veio Guto, e a missão de subir o Inter. Patinando, com reforços, ajeitou um esquema de jogo e o time empilhou vitórias, passando, antes, por um período em que se falava da sua demissão. Guto caiu em uma sequência de maus resultados, mau desempenho e visível desinteresse dos jogadores na sua continuidade, ou na continuidade das vitórias.

Hellmans de novo, para cumprir tabela e subimos sem o título.

Fechamos o ano sem título de competições, com um título de um jogo em que tenho dificuldades de dizer que merecemos.

Nao posso dizer que não houve trabalho da direção, o ano começou com contratações alvissareiras, como Uendel, Potker, Klaus, Gutierrez, Edenilson, Carlinhos, mais Carlos, e, na sequência, vieram Camilo e Damião, que se fizeram essenciais. Ainda houve a depuração do grupo, com saídas imprescindíveis, como Anderson.

Nem todos deram certo, isso é normal, mas alguns erros eram fáceis de antever, como Carlos e a permanência de Ernando.

Fazendo um balanço do que se propôs, o objetivo principal foi atingido, subimos para série A, mesmo sem o título, que era importante para a Copa do Brasil seguinte.

Contudo, perdemos a chance do Gauchão e da manutenção da hegemonia, e acho que a Copa do Brasil não estava inalcançável.

De ruim, terminamos o ano sem nenhuma afirmação, e com jogadores afirmados contestados.

Difícil, hoje, entre comentaristas e torcedores, afirmar uma posição em que o Inter tenha um titular absoluto que seja pretendido por outros times. Difícil dizer que temos 11 titulares incontestáveis. Com esse grupo, eu mesmo teria 3 ou 4 escalações diferentes na busca de um equilíbrio.

Faça um teste: se oferecerem para contratar 11 jogadores, entre Brasil e América do Sul, provavelmente as sugestões seriam de 11 titulares.

Olando pra trás, isso não é um bom começo.

 

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