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Nos últimos sete jogos, foram cinco goleadas, com o time fazendo 4 gols, no mínimo. Definitivamente, algo mudou.

Nosso histórico anterior, creio que de 2015, eram de 3 goleadas. Na série B, jogando contra times mais fracos, creio que goleamos uma vez, e estamos ainda no início da temporada. Apenas para lembrar os corneteiros e cronistas esportivos mais comprometidos, o Juventude, seja lá qual o time, jogará a série A, e Olímpia e Táchira são melhores que muitos times do Brasil.

Mas ainda que fossem piores, a questão da mudança é o comportamento do time quando abre e engorda o placar. Não há retranca, ninguém segura o resultado, pelo menos não até agora. Sábado, fizemos 3×0 e o treinador colocou dois pontas no time.

O novo sistema de jogo implementado pelo contestado Ramirez talvez emplaque uma vontade que a maioria dos colorados quer ver como realidade: jogar igual seja em que estádio.

Claro, ainda não sabemos como o time se portará daqui pra frente, são apenas 13 jogos, mas, além do modelo de jogo, é possível identificar um padrão de controle e estudo do adversário no primeiro momento, seguido de uma aceleração após a marcação de gol.

Ainda identifico algumas carências, sobretudo na parte defensiva. Vejo uma necessidade de maior compactação nas linhas, e falta velocidade na recomposição, principalmente quando jogamos com Maurício. Por vezes, o meio se defende apenas com Dourado.

O ingresso dos laterais por dentro ainda está bem tímido, possivelmente porque lhes falta o outro pé além do principal, seja pro chute ou passe ou cruzamento. E não temos velocidade, seja em nossos zagueiros, seja em nosso volante. Pelo menos um desses deveria ter mais velocidade, por isso penso ser uma contratação necessária, de um titular da posição, mesmo que Jonnhy ainda não tenha sido testado como volante.

Do meio pra frente, com o ingresso de Taison, o time ganha corpo e volume de jogo, mas Taison não jogará todas e possivelmente Ramirez já pensa em outro esquema além do 433 que iniciou.

Yuri também pede passagem, comprovado que pode jogar com Galhardo ou Guerrero. Na verdade, acho que essa é a melhor opção para encaixá-lo no time, com uma reorganização defensiva quando a bola é perdida. Fato é que Yuri é veloz e forte, além de inteligente, contado com a inteligência seja de Galhardo ou Guerrero, tende a crescer na frente. O problema é a escassez e o risco de jogar todas as fichas ao mesmo tempo em uma temporada com muitos jogos acumulados. No entanto, sem dinheiro, não há outra opção, ainda que algum seja negociado no meio da temporada.

Palácios ainda carece de desenvoltura, que sobra em Caio Vidal, e a base oferece jogadores interessantes, mesmo que bem distantes de uma afirmação. Nos dois jogos contra o fraco Tupi, muito gols novamente e jogadores de muita técnica aparecendo.

Outro ponto que merece destaque é a postura ofensiva. Em uma conta de twitter, vi duas imagens do time, uma com 5 no placar, e com 5 ou 6 jogadores na área adversária; outra com placar em desvantagem, mas com apenas um jogador em todo o campo ofensivo. E, também se não estou enganado, 18 jogadores já fizeram gols.

Algo mudou!

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