Mauro Loch

3 vezes DAMIÃO!!!

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Um amigo pediu que escrevesse sobre o Imponderável de Almeida, uma expressão de um famoso radialista sobre o acaso como forma de melhorar o time, normalmente associada a lesões.

Há um certo tempo dizíamos aqui, no Blog, que o melhor esquema para o Inter era o 442, e que Pottker não estava rendendo nada pelo lado direito, esquerdo ou como homem de frente, seja em movimentação, seja em finalizações, seja em recomposição.

Pois o imponderável de Almeida apareceu, o homem tático de Odair saiu do time e ingressou nosso goleador caneludo.

Damião apanha da bola, não tem nenhum intimidade com ela, exceto nas lambretas bem treinadas, mas penso que é só. Damião é o homem da última bola, do último toque, pois esse toque final ou vai para as redes, ou para fora ou para o adversário. Isso significa que Damião, recebendo bola no meio, na maioria das vezes, é bola para o adversário. Por isso Damião é o sujeito que deve ficar perto da área, mesmo que para fazer gols no chutão errado do goleiro adversário.

É o que temos para o momento, e entendo o esforço da diretoria para trazer Guerrero. Damião não é o atacante ideal para um time que quer alcançar um patamar maior, mas é o centroavante que está fazendo gols no Beira-Rio, que coloca a bola pra dentro de cabeça, com os pés, se atirando nela.

Sim, 3 vezes Damião nos levaram a uma retumbante vitória, mas muito mais que isso, ao encontro de um possível esquema diferente, mais técnico, com mais finalizações, com mais presença no ataque.

Nico fez o terceiro que Damião foi impedido. Prestem atenção na jogada, na troca de passes que antecedeu o ingresso de Damião na área. Esse é o Inter que queremos ver. A jogada do primeiro gol também mostra onde Nico deve jogar, e como jogou esse uruguaio. No segundo gol que fez, corretamente anulado pelo impedimento, mostra o que é ter dois atacantes, coisa que o Inter parece ter abdicado há algum tempo.

Claro que uma análise tática fica prejudicada pelo fato de o gol do SP ter saído bem no início do jogo, fazendo o Inter procurar o gol desde o início. Aconteceu contra o Vitória também, e esse é o Inter propositivo que gostaria de ver em todos os jogos, não apenas quando leva um gol no início do jogo.

Nosso colega Bruno pediu um pulo do gato, e veio nos pés de D’Alessandro. Sim, o gringo jogou muito, errou, mas acertou mais, e conduziu o time para frente, sem aquela amarração de cadência de jogo que irrita tanto seus detratores. Esse D’Ale tem lugar no time, e Odair que dê um jeito na marcação. Talvez ele não aguente os 90, mas, esse D’Ale, frise-se muito isso, merece iniciar as partidas.

Não sei se, tecnicamente, foi nossa melhor partida, mas foi o jogo que buscamos o gol, que permanecemos no ataque, que corremos riscos na defesa, enfim, que não tivemos medo de perder. Ganhamos.

P.S: precisamos que nossos goleiros aprendam a sair do gol. Um absurdo a quantidade de bolas que Patrick perdeu por bobeira, fora o gol que não conseguiu finalizar.

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