2018
Algumas semanas atrás, escrevi que 2018 já tinha iniciado, e que o clube precisava planejar, pensar e efetivar o próximo ano.
Ontem, o post foi sobre quem fica, quem sai, como formar o time, e uma pergunta específica sobre D’Ale.
Meu time base ideal começaria com Neurer, e, possivelmente, terminaria com Kane, mas temos que nos ater ao viável. E o viável tem uma grande margem do imponderável.
Digo isso sempre pensando no Philipe Coutinho, é meu ideal de imponderável. O guri saiu do Vasco jogando poucas partidas, mas demonstrando habilidade e mobilidade, chute e passe, além do drible. E afundou na Itália, na grande Inter.
Lembro de ter recomendado a contratação dele, na baixa, em algum blog de futebol, como uma aposta que valeria a pena, nem que fosse por empréstimo; e lembro da chuva de negativas, pois era baixote, fraquinho, e não sobreviveria a um futebol de contato, aliás, por isso teria sucumbido na Itália.
Aí veio o Liverpool e a história recente todos conhecem.
É meu exemplo porque dificilmente nabas se tornarão Coutinho, mesmo em uma temporada; acredito que tenhamos exceções que comprovam a regra, mas não vem um nome que possa exemplificar de um jogador muito ruim que tenha tido uma boa temporada. Há jogadores medianos com temporadas excepcionais, entre os quais incluo Damião.
Mas o inverso existe, bons jogadores com um período de inutilidade, seja lá qual for o motivo, que podem reascender em algum clube, em algum time, e engrenarem uma boa carreira. Há também os jogadores de um time só, que se deram bem em um único clube, em um único momento.
Quero dizer, com tudo isso, que planejar 2018 em termos de contratações, passa, primeiro, por excluir as nabas completas, como Alan Costa, Silva, Anselmo e Fabinho. Esse perfil de jogadores jamais deveria habitar o imaginário da direção.
Daí pra cima, há o imponderável. Paulinho no Tottenham, Torres no (acho) Chelsea, Lucas Silva no Real. Os grandes entram em frias também, pagam fortunas por jogadores que não renderam o mínimo esperado, e viram alguns darem certo em outros times, como o caso do Paulinho até o momento.
Lembro da contratação do Zé Roberto, aquele meia atacante do Vasco que veio para o Inter com uma grande expectativa, e uma contratação, a meu ver, acertada e comemorada, e um problema de suposto racismo com a filha, no colégio, o desmontou. Profissionalismo ou falta dele, a causa não é importante neste caso, mas o fato de boa contratação dar errado; e por aí vão exemplos infindáveis, recentes, antigos, de muito dinheiro gasto.
Por isso 2018 já começou, porque a contratação de jogador não deve se ater apenas às estatísticas, habilidade e impressões futebolísticas, mas o clube tem o dever de analisar todo o ambiente no qual será inserido esse profissional, e ainda assim estar sujeito ao imponderável. A caixinha de surpresas não é só nas quatro linhas.
CURTAS:
Ancelloti demitido do Bayern.
Wianey Carlet faleceu.