1ª FASE COMPLETA
A vitória no grenal permitiu jogar com os titulares contra o Asa e poupar os jogadores contra o Juventude, em Caxias, garantindo a melhor campanha na primeira fase do Gauchão.
Era um jogo que faltava, colocando o time reserva sem muito compromisso, para testar e avaliar os jogadores que buscam vaga nas substituições.
O time foi bem em sua maioria, controlou o jogo, construiu o placar e arrefeceu com o resultado positivo, permitindo o gol adversário, mas terminou o jogo sem muitos sustos.
Foi a melhor partida de Anthoni, que respondeu quando exigido, e segue criando coragem para saídas nas bolas aéreas, o que aconteceu com mais frequência neste jogo, além se se apresentar muito bem nas saídas por baixo e dentro do gol. Não vejo Anthoni como problema, mas creio que precisamos de outro goleiro, pois o reserva do Anthoni é um jogador muito inexperiente ainda. Melhor contratar agora do que esperar algum revés.
Não considero Gatito uma boa opção, no que tenho acompanhado, tem falhado bastante.
Bustos, Igor, Vitão e Robert fizeram a zaga, mas não achei uma atuação de Robert que o credencie a jogar pela lateral esquerda. A opção, acredito, deixa claro que Lara não tem vez, e o time precisa de um lateral esquerdo, seja para disputar a posição, seja para reserva de Renê; o que não é possível e seguir com tentativas de improvisação em um setor muito importante para o esquema do time.
Rômulo melhorou, mas ainda precisa de mais experiência, pois é outra função vital no time. Em duas oportunidades perdeu bolas fáceis na intermediária, e na defesa do Anthoni no final do primeiro tempo, achei que a marcação deveria ser dele, e não deixar o jogador dominar, enquadrar o corpo e chutar na marca do pênalti.
A grata surpresa é Gustavo Prado, novamente, articulando pela direita, com dribles, passes, chutou a gol, ganhando espaço e marcando forte. Achei que cansou antes de ser substituído.
Também não gostei muito da atuação de Bruno Gomes, talvez em razão do pouco entrosamento, mostrou personalidade, mas achei que teve atuação apagada. Já Wesley, não apenas pelo gol, atuou com mais desenvoltura, tentando ser clone do Wanderson, mas ainda segurando os dribles no campo defensivo e perdendo o timming da marcação.
Não vou dizer que Hyoran decepcionou, já avaliei como bom jogador, mas sem sangue para atuar no Inter, e foi isso que novamente vi, um jogador meio conformado com o jogo, sem iniciativa, foi premiado com o gol com o desvio, mas pouco fez.
A sorte dele foi que Lucca fez o que acho ter sido seu melhor jogo pelo Inter, fazendo o pivô, marcando a saída, abrindo espaços, conduzindo a bola, driblando e com presença na área. Infelizmente foi fominha em seu lance mais marcante, enfileirando dribles; o passe lateral era a melhor opção. Mas chama atenção sua melhora coletiva.
O ingresso dos titulares mostra que ainda há um abismo em relação aos reservas. Aranguiz distribui o jogo como poucos. Rômulo precisa dominar e pensar o jogo, Aranguiz faz isso antes de receber a bola, e o domínio já é o início da jogada.
No final, ainda controlamos o jogo e o susto com uma falta desnecessária, deixamos de ampliar em um lance paralisado pela arbitragem ainda de forma inexplicável, para marcar uma falta fora do lance que já tinha prosseguido.
O destaque da semana, contudo, fica fora do RS, para a patuscada no final de Botafogo e Fluminense, com jogador fingindo ser atingido no rosto, puxado pra dentro do campo, depois pra fora, e depois praticamente empurrado pra dentro por um companheiro.
Cena ridícula para o futebol, que tem a conivência da péssima arbitragem brasileira.
Fora do campo, Borré confirmado é outra boa notícia, e o descalabro das transmissões da TV segue forte, com comentários rasos e insinuações falsas, sem contar o desconhecimento dos comentaristas sobre o Inter. Melhor assistir sem som mesmo.