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Claro que o assunto mais pertinente de hoje é falar do jogo de ontem, pelo Campeonato Brasileiro, mas a verdade é que ainda estou com a cabeça na Libertadores, não consegui postar antes, e preciso falar um pouco aqui daquilo que vivenciei no Beira Rio, quarta-feira, onde fui um dos responsáveis pela quebra do recorde desde a reforma. Novamente assisti o jogo na inferior e isso trás dois sentimentos: o de alegria de estar perto do campo e ver um gol de perto; o de angústia de estar perto do campo e ver o time perdendo gol de perto.

Olhando pela televisão talvez eu tivesse percepção diferente, de que efetivamente somente um time entrou para vencer o jogo e assim o fez. E felizmente esse foi o Inter. Pensando agora, com a cabeça mais tranqüila, a verdade é que somente Colorado mesmo poderia ter vencido aquele jogo. Só que o Inter tem uma sina complicada de dar chance para o azar, ressuscitar mortos e tomar gols idiotas. Ainda tinha aquela história do jogo contra o Peñarol, em 2011, enfim.

No fim deu tudo certo e vencemos por 4×0 como eu tava sugerindo antes do jogo. Azar dessa porcaria de VAR, o Inter fez quatro gols, Nico desencantou e é o que importa. Que zaga a nossa hein? Também não preciso falar de D’Alessandro, Sobis e Guerrero que é chover no molhado. E é bem verdade que o Sport Club Internacional está nos permitindo sonhar com algo a mais. E se isso for sonho, com a licença poética do Colorado Luis Fernando Veríssimo – por favor, não me acordem!

Bem acordado estive, todavia, assistindo o jogo de ontem, embora quisesse “acordar” do pesadelo a todo o tempo. Impressionante como o Inter se esforça para não jogar nada e para perder fora de casa.  Mesmo para um time ruim.

Aliás, este futebol brasileiro permite coisas do tipo, afinal, dizem que o Fluminense tem até um futebol interessante, de toque de bola, posse de bola e com um treinador visto como visionário. Mas, flerta com o rebaixamento. Isso, pois, o nível do certame nacional é muito ruim, onde pelo menos a metade dos times a bem da verdade pratica um futebol de segunda divisão, tão somente para não cair e ficar na elite onde a grana é bem melhor, os campos são melhores e o povo efetivamente presta atenção. E é disso para pior. Daqui a pouco a ruindade passa da metade e as disputas de título se concentrarão entre os dois (velhos) novos ricos da praça, que repatriam jogadores de Europa a peso de ouro.

E o Inter que foi la para perder, alcançou seu objetivo, com glória.

É possível sim sonhar com algo a mais, mas para isso ficar mais fácil precisamos dum treinador de verdade. Alguém com coragem e que entenda qual o nosso tamanho. Alguém que não escale Trellez, Ritchely e Pottker no mesmo jogo. Alguém, aliás, que nunca mais ouse deixar esses jogadores citados fardarem o manto vermelho.

Para sonhar um pouco mais é preciso querer um pouco mais. Jogadores, direção, treinador … Muito mais!

PS.: Um grupo é vencedor também por suas atitudes da porta para fora do vestiário. Bela ação protagonizada ao Sérgio Vanacor, o Macaco do Beira Rio, acometido de moléstia.

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