Bruno Costa

O que vi da Coréia

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O título hoje seria “E vou ficar querendo”, numa clara alusão ao meu último post, e o balde de água fria que tomei logo após o apito final da primeira rodada. Mas daí veio o jogo de ontem e um “que” de ilusão. Não a ponto de achar que o título é possível, mas de que efetivamente é possível achar que podemos até sonhar um pouco. Ou não. O brabo de ser Colorado é isso, ilusão num dia e decepção na maioria dos outros.

Ontem estive no Gigante de Beira Rio e, contrário ao meu gosto pessoal, assisti o jogo na inferior, bem próximo ao campo. Pude me iludir, por exemplo, com a atuação do Zeca, que passou todo o primeiro tempo próximo de onde eu estava. De pé. Aliás, nada contra assistir de pé, afinal, eu estava ali onde outrora fora a saudosa Coréia, mas vamos combinar que o propósito com as cadeiras não é mais este, por mais “nutella” que pareça essa minha afirmação. Mas, tomar sol na cara e assistir o jogo de pé não parece nada, a julgar os áureos tempos do velho Beira Rio. Quanto ao Zeca que vi ontem até pode voltar a ser o Zeca que já foi, com a ressalva que tudo fica mais fácil quando se tem Rodrigo Moledo jogando na retaguarda. Mas quero tentar ser otimista quanto ao lateral, enfim.

A decepção, todavia, ficou por conta do Patrick, que no segundo tempo caiu por ali e nada mostrou de útil. Aliás eu me desiludir com Patrick não chega a ser uma novidade, mesmo porque no meu time ideal ele nem titular seria, mas esperava ao menos um pouco mais. Mais que ofereceu Guilherme Parede, ainda que pareça que falte algumas coisas para ele, questões de fundamentos, talvez. Mas tem muito mais vontade que alguns.

Em geral, achei um jogo interessante do Internacional. Não vou aqui achar que foram tudo flores e tampouco sugerir que Odair Hellmann deu “nó tático” no Abel Braga, mesmo porque isso não ocorreu. Contamos muito com apatia do veterano treinador que simplesmente não pareceu querer melhor sorte no jogo, de modo que tudo ficou mais fácil do lado de cá. Porém, também tivemos jogadores abaixo do que costumam jogar, casos de Edenilson e Rodrigo Dourado, principalmente. E o treinador foi melhor em relação a ele mesmo o que, ao menos por agora, até pode ser um elogio.

O jovem Sarrafiore, que entrou dormindo – admitido pelo próprio, se redimiu com um belo chute de fora da área, sua principal característica, algo aliás que há muito não se via no Inter. Talvez Alex, lá na sua primeira passagem, porque mesmo Andrezinho que tinha qualidade na bola parada, não arriscava tanto. E Sarrafiore, com confiança e sequencia, parece que vai tomar conta da posição caso o treinador permitir que ele jogue como armador.

Por fim, cumpre mencionar que quem tem Paolo Guerrero está sempre muito mais próximo do gol. Eu vi de perto: os marcadores tem medo do jogador peruano. E o cara que mete medo vai sempre chamar mais atenção e, com isso, abrir buracos para que os companheiros façam gol. Mas como quem tem Paolo Guerrero tem tudo, ainda também temos um jogador que gosta de balançar as redes. Então, nesse tópico, vou me permitir à ilusão.

E como já estou iludido mesmo, já que é o Paysandu o próximo adversário da Copa do Brasil, quem sabe uma segunda edição de Belém a Yocohama?

É o Inter e, afinal, tudo pode acontecer.

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