Cavalo cansado
Não vi o jogo de ontem. Sou daqueles premiados por pagar algo com recursos que nem tenho para ter canais que pouco oferecem e ainda assim não poder assistir um jogo pois a praça da porcaria que vai transmitir não é do meu Estado. Mas também não perdi nada, filme repetido, daquela linha “tipo b” que tem sido a tônica do Sport Club Internacional há muito tempo. Muito tempo. Pela primeira vez eu não tive vontade de escrever; cogito que está na hora de eu agradecer a oportunidade que me fora dada e tentar seguir a vida longe do Internacional. Quando a vida normal está sendo prejudicada por um time de futebol, sinal que algo não vai bem com a própria pessoa. Eu, no caso.
Aí meu primo Maicon, logo cedo, fez um apanhado do que vem sendo o Internacional há anos e vou discorrer a partir dos seus tópicos. Ora vejamos.
- O Inter é um time fracassado: a começar por seu goleiro. Prestem atenção que Marcelo Lomba reage da mesma forma em vitórias e derrotas; faz cera com o time empatando e é o capitão um a zero. Depois, representa o time de 2016 e está naquela barca que falei dias atrás: ou nos livramos dos jogadores da série b ou ela nunca vai deixar de conviver com o time. Chega da balela de reconstrução, que serve de muleta para esta gente. Bando de fracassado! Bancamos um goleiro reserva de quase 400 mil que não ganhou nada; O lateral esquerdo acomodado que nunca está disponível quando se precisa; Edenilson não joga nada há horas e ficam de mimimi ‘que não tem outro’. Chega de passar pano, minha gente. Chega;
- Se criou uma torcida nutella que aceita o fracasso do time: uma das coisas que me fez abandonar os jogos do Beira-Rio é o time jogar mal e sair aplaudido. Piada. O time perder uma copa do brasil de forma patética em casa e não haver uma vaia sequer, uma cobrança mais forte. Meu pai, por exemplo, não vai a jogo desde 2015. Errado? Não tá! Nossa torcida, afora uma meia dúzia, é puxa saco de jogador em rede social, resmunga na derrota e no dia seguinte contemporiza e segue votando nessa cambada que esculhamba o clube ano após ano. Repito para não deixar dúvida: cambada!
- O presidente é um b.: quantos dias vão levar para o Medeiros vir com conversinha fiada de que está triste mas que vão responder com trabalho? Certa feita eu disse aqui que acreditava na boa fé do mesmo, a julgar que trazia consigo sobrenomes com história dentro do Internacional. Inocente fui eu, obviamente. Bem feito pra mim. Marcelo Medeiros é um PERDEDOR com letra maiúscula;
- O Coudet é um teimoso que até tentou fazer algo novo no time e não conseguiu. Virou um fracassado também: eis aqui um defensor do treinador. Eu não poupei críticas, mas abrandei – admito. Não faço mais. Não me interessa o seu retrospecto anterior, o Internacional é muito maior que todos os times que ele já treinou e se não tem consciência disso, tá no lugar errado. É claro que não dá para fazer terra arrasada sempre, mas acho que é momento sim. Perder 4 de cinco clássicos e não ganhar nenhum é suficiente para demissão. Depois, a real é que eu começo os jogos do Inter incrédulo, passo ao desespero e termino furioso. Mesmo nas vitórias. O time não apresenta confiança nenhuma. Nenhuma. Falei aqui também que temos problemas psicológicos. Lógico, isso não pode ser debitado na conta do treinador, mas fazer o time dele entrar em campo motivado para ganhar é sua obrigação. Alguém viu isso ontem? Não é o que eu li. Pelo que sei o time claramente jogou desde sempre para empatar e…perdeu! Patético. O Internacional não é time e nem clube para covardes. E ponto final.
- GreNAL se ganha (!): já falei isso aqui e a afirmativa é auto explicativa.
Em suma, já me alonguei demais. Talvez o venha fazendo há muito, dedicando muito (mas muito mesmo) tempo ao Inter além do que ele mereça. Não é uma despedida, mas um até breve. Que pode durar só uma semana, mas que fica registrado.
Ser Colorado é padecer dia após outro. É gostar de sofrer. É ficar furioso hoje e se iludir de novo amanhã.
É o Inter um cavalo cansado? Não sei. Mas eu, sim, pareço um.