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Como ainda falta um pouco para o próximo confronto, pelo Campeonato Nacional, ao mesmo tempo que minha próxima incursão por aqui será somente após o primeiro jogo pelas quartas de final da Copa Libertadores da América, entendo que é pertinente abordar por aqui um assunto que confesso que me intriga deveras: o amor da direção por determinados jogadores e a insistência por contratá-los.

Tudo começou, salvo engano, com o Marcelo Cirino (o cara da 7) . É paixão desde os tempos do clube paranaense. Aí foi pro Flamengo e por lá após um início empolgante, nunca mais jogou grande coisa. Foi feito para o clube que está hoje, talvez. Veio para cá e fez o que toda a nação Colorada esperava dele, ou seja, nada. Para a nossa sorte, apareceu um negócio das arábias e nos livramos.

Depois, num horizonte recente, temos o Ritchely. Outro engodo da bola. Descobri que querem o Rithely desde a época que ele ainda jogava futebol, mas só conseguiram trazer para cá mesmo o ano passado. E pasmem: machucado! Aguardaram o já nem tão rapaz se recuperar, fizeram a cirurgia por aqui mesmo, de relembrar, daí ele volta e se machuca novamente. Com isso, tiveram a brilhante ideia de protelar o contato, para ver se valia a pena ou não. Chega 2019 e no gauchão não mostrou a  que veio. E segue sem mostrar. Renovaram mais uma vez e esses dias ainda brecaram uma suposta investida do Santos.

Para? Não tem ninguém, no mínimo, do mesmo nível na base? Se não, tem de repensar a base toda.

Agora, não bastasse mais nada, aparecem-me com o Bruno Silva que, há bem pouco, dizem que não quis vir jogar aqui. Falo no condicional, pois não sabemos da história toda como aconteceu mesmo e se é que ocorreu. Mas é um jogador que teve seu ápice no Botafogo e este está lá ainda, guardado de certo no museu do clube. Não deixou saudade no Cruzeiro e nem mesmo no Fluminense, acreditem. Então, qual é a lógica de se contratar o Bruno Silva que a rigor tem uma temporada de bom futebol no seu currículo?

Pode dar certo? Claro. E até torço pra isso, afinal, não tenho nada contra o meu tocaio. Mas combinamos que as probabilidades de isso acontecer realmente são bem limitadas. O que pode nos ser útil é que vem por um contrato de quatro meses, o que sugere uma maior dedicação, Mas, sei lá também… O Ramon, jovem da base emprestado recentemente, não poderia ter tido melhor sorte?

O inexplicável, portanto, vindo da direção, talvez nem seja tanto assim: gostam dum amor bem bandido. Só pode ser isso.

Por fim, antes que me questionem, já antecipo: não tenho medo de greNAL na final da Copa do Brasil. Tem o Cruzeiro antes e sem cruzar pelos mineiros nada vai ser greNAL. Simples!

Antes que eu esqueça: vitória em Fortaleza é o mínimo. Chega de amor bandido com as derrotas fora de casa.

Chega de amor bandido, afinal.

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