Bruno Costa

Agora é que são elas

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Quisera o destino, e no futebol ele tende a ser bastante ingrato, que o Sport Club Internacional trace sua sina agora, ainda neste corrente mês de março. Pois começa sua participação (por hora, é o que podemos almejar) na Copa Libertadores da América, enfim, uma competição que realmente pode demonstrar qual a sorte que nos aguarda no restante deste ano de 2019.

É claro que não acaba o ano numa eventual desclassificação prematura em “La Copa”, porém, convenhamos, o Internacional nunca foi muito de mostrar recuperação fora do comum quando o início dá errado. E está longe, também, de parecer no caminho certo. Tomara, então, que eu morda a língua com avidez. Mas vamos ao motivos dos meus ‘poréns’.

Começo, obviamente, com o sistema tático. Não sou fã do 4-1-4-1, tampouco do 4-2-3-1. Aliás, não entendo esta necessidade de querer modernizar algo que, em regra, não carece de estereótipo, mas, de peças para distribuir em campo. Logo, quando te falta aquele jogador diferenciado (e só temos o Nico, que é oficialmente atacante), quem sabe um velho, surrado, no entanto, quase sempre bom, 4-4-2 não baste? Dois volantes, dois meias, dois atacantes. Futebol raiz e não nutella.

Obvio que, em se tratando de Inter, sempre é curto o cobertor. Nossos laterais não jogam bem. Na direita, Zeca parece sonhar com a esquerda. E na esquerda, Iago eu temo que sequer seja lateral, na sua mais pura essência. Ora, lateral que se prese tem que ter a ferramenta do cruzamento; e Iago, tem pavor de cruzar uma bola na linha de fundo. Com as dificuldades de marcação de Zeca, temos de colocar Edenilson como cão de guarda, hoje em sendo ele o nosso meio campista mais regular. Pela esquerda, eu arriscaria no Zeca. Ou, no mínimo, o Uendel. Mas o treinador vai morrer abraçado com o que está aí.

Não morro de amores pelos nossos goleiros, mas dá para encarar o que vem pela frente com eles. Os zagueiros ainda estão muito aquém do ano passado. Dizem que a maturidade física de ambos demora um pouco mais. Pode ser. Mas que Victor Cuesta não parece estar afim de disputar Gauchão, a isso tá! Volantes temos aos montes e nem vou comentar. Laterais deixam a desejar, já referi. Meias são dois. Dois. Quem ganha algo com dois meias, apenas, sendo um deles com 37 anos? O ataque é uma incógnita. Jogadores que podem dar certo ou não. Afirmados, mesmo, Nico Lopez e Paolo Guerrero que ainda não jogou por aqui. Técnico, não temos. Ora, não serão fáceis nossos dias que vem pela frente.

Em que pese, pois, o título desse post sugira que o mês de março seja o derradeiro, entretanto, terei o bom senso de aceitar uma prorrogação para abril ou maio. Convenhamos, sequer é tão difícil assim passar às oitavas de final da Libertadores. Nem Palestino, nem Alianza jogam mais que o pouco que viemos jogando. Ademais, ainda acredito que a camisa, na hora do ‘vamos ver’, ainda pesa e muito. Então, nobres leitores e leitoras deste festejado Blog, permito-me incitar uma ponta de dúvida ou invés da certeza duma provável hecatombe. Mas falta bastante coisa no futebol do Internacional. Dentro e fora de campo. E o que falta nos tira a chance dum Campeonato Brasileiro, por exemplo. Libertadores, todavia, depois dos trancos e barrancos de 2010, nada é impossível.

Mas agora é que são elas. Se não começar a pensar em título agora, chegaremos ao final do curso de 2019 do mesmo jeito que estamos há alguns anos: torcendo para dias melhores no ano que vem.

Agora é a hora, Colorado!

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